O JÚBILO DE QUEM AMA
17 de Janeiro de 2010

 

 

 

 

VOLTAIRE- Alguém que veio para questionar
 
 
(pseud. De François-Marie Arout) – Escritor francês nascido em Paris em 21-11.1964 e falecido em 30-05-1778. Originário, por parte de mãe, de uma família da pequena nobreza, estudou no Colégio Louis-le-Grand, dirigido pelos jesuítas. Introduzido, ainda jovem, na alta sociedade do tempo, Voltaire foi preso na Bastilha, permanecendo durante 11 meses, acusado por um panfleto que não escrevera. Quando estava preso, escreveu a sua primeira tragédia, OEDIPE (Édipo), cujo sucesso, em 1718, abre-lhe o acesso aos meios intelectuais.  Voltaire era Deista- acreditava em Deus, mas não tinha nenhuma religião. Em conseqüência de desentendimento com um nobre, Voltaire é obrigado a expatriar-se na Inglaterra, onde viveu três aos, a partir de 1726. Ele admitia a monarquia. Escreve um dos seus livros mais importantes, AS LETTRES ANGLAISES OU PHILOSOPHIQUES (1794; Cartas inglesas ou filosóficas) e nas quais compara o liberalismo das instituições e dos costumes britânicos com o absolutismo reinante na França.
 
Eleito em 1746 para a Academia Francesa, Voltaire, cinco anos depois, aceita o convite do imperador da Prússia, Frederico II, e vai morar nas cortes alemãs de Berlim e Potsdam, de onde, ao fim de três anos e de desinteligências com o soberano, regressou à França. Temendo as perseguições sempre possíveis do poder absoluto e desejando resguardar a sua liberdade de escritor, decide fixar-se fora de Paris, a principio no domínio Lês Délices, e, mais tarde, no castelo de Ferney, onde residiu até o fim de sua vida (1758-1778), ou seja, durante 20 anos. É aí que transcorre a fase mais combativa da vida e da obra de Voltaire, pois a maioria das suas criações literárias foi publicada nos anos anteriores.

 

 

 

Voltaire encarnou como ninguém a figura do filósofo setecentista definido por Diderot como um gentil homem que sempre se conduz pela razão que junta ao espírito de reflexão e de justeza os costumes e as qualidades sociais. Com efeito, o racionalismo está na base mesmo do seu espírito: na luta entre a filosofia e a igreja (e não contra a religião, como geralmente se diz) é sempre à razão que Voltaire pede os seus argumentos e pontos de vista. Da mesma forma desejando, não a revolução, mas a reforma das instituições monárquicas, pregando a tolerância ideológica ou defendendo o que hoje se chamaria os direitos civis, é sempre uma atitude racional da inteligência o que define as posições de Voltaire. Justamente esse intelectualismo o impediu de ser grande poeta ou de aceitar as inteligências místicas, do tipo das de Pascal ou Rousseau. Por outro lado, se elevou o chamado conto filosófico à sua mais alta perfeição, sua prosa é talvez inadequada para certos gêneros, como a historiografia, por exemplo. Seu Le Siècle de Louis XIV (1751; O Século de Luís XIV), é antes uma crônica da época do que um tratado histórico no sentido moderno da palavra.
 
Contudo, o verdadeiro Voltaire não deve ser procurado nem nas tragédias, nem nos poemas épicos, quer se trate de uma epopéia burlesca, como La Pucelle d’Orléans (1755: A Donzela de Orleans), quer se trate de uma epopéia heróica, como La Henriade (1723). O mais autêntico Voltaire está no Dictionnaire Philosophique (1764), nos seus numerosos panfletos, nas Cartas Inglesas e nos contos, de que Candide (1759) é, ao mesmo tempo, a obra prima e o título mais conhecido. Acrescente-se que sua obra, em certo sentido, é menos importante literária ou ideologicamente do que do ponto de vista histórico; por ter escrito o que escreveu no momento em que o escreveu, por ter tido suas idéias na época em que as teve, é que Voltaire constitui um dos cimos do pensamento humano e uma das glórias mais indiscutíveis na história da inteligência. Acima de tudo, foi ele um escritor, isto é, um homem cuja biografia é a história dos seus livros, e que fez da palavra escrita o instrumento por excelência da reforma social.
 
Apesar de Voltaire defender a igualdade social, ele vivia de tráfico negreiro. Ele tinha idéia mercantilista a qual usava o negro como moeda de mercado. Por outro lado ele achava que os negros, que se julgavam incapazes, deveriam ser aculturados.
 
Voltaire acreditava que seria possível um estado justo e tolerante. Abominava a crueldade, truculência, violência e pautava que o rei deveria ser compassivo. Porém, ele não concordava com o Clero e nem a Igreja. Pregava a dissociação entre o estado e a igreja, transformando em estado laico, submetendo a igreja à lei civil. Via a tirania (estado absolutista), não como uma virtude. Segundo ele, a tirania sempre desencadeia para fins trágicos.
 
Uma das citações proferidas por Voltaire, que sublima a mulher é esta:

“É MAIS CLARO QUE O SOL QUE DEUS CRIOU A MULHER PARA DOMAR O HOMEM” 

 

 

Fonte: Enciclopédia Barsa.

           Escritos da Prof. Dra. Erli Gonçalves- Cientista Política. 

publicado por cleudf às 17:01 link do post
música: Beethoven Symphony nº 5
sinto-me: Anciosa
01 de Janeiro de 2010

 

 

 

 

Procura-se um amigo
 
                                 AUTOR:  Desconhecido.

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar. 
 

 

 

 

 

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
 

 

 

 

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. 
 

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
 
 
 
 
 
 
 
Nota- Segundo os administradores da fonte abaixo citada, o poema em epígrafe, não é de autoria do poeta VINICIUS DE MORAIS, conforme é circulada a informaçao. Ainda segundo a fonte, a Editôra Aguilar, a qual é responsável pela obra completa do poeta, declara que nada consta em seus arquivos sobre tal poema. 
http://www.revista.agulha.nom.br/vm4.html

 

publicado por cleudf às 22:42 link do post
música: Unbreak my heart - GEORGHE ZAFIR (maravilhosa)
sinto-me: Com esperanças em 2010
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