O JÚBILO DE QUEM AMA
22 de Novembro de 2009

  

 

 

 

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) nasceu em Genebra, no dia vinte e oito de junho. Ele teve grandes influências de Paris e da França, mas se orgulhava de sua origem genebrina e de ser um cidadão dessa cidade. Os antepassados de Rousseau eram de origem francesa. Ele tinha respeito pela França. A família de Jean-Jacques era de relojoeiros. Possuíam pequena fortuna, eram pequenos burgueses. Eram religiosos protestantes Calvinistas O pai de Rousseau, Isaac, era despreocupado e instável, mesmo um pouco agressivo. Foi para Constantinopla, mas sua mulher, Suzanne, pediu para que voltasse. Jean foi concebido nessa época. Sua mãe morreu uma semana após o parto. Jean tinha um irmão desaparecido que não conheceu. Chamava-se François.
 
Suzanne, era de uma família mais importante que Isaac. Rousseau fala dela com emoção. Ela desenhava, cantava e lia. Foi de sua coleção de romances que Jean tirou a primeira parte de sua educação. Ele e o pai ficavam horas lendo depois da ceia. Depois de esgotado o acervo, foram para a biblioteca do avô, onde encontraram livros de leitura complexa. Rousseau gostou da literatura romana.
 
Isaac Rousseau teve um desentendimento com um capitão francês. Brigando com ele, foi preso, mas preferiu abandonar Genebra, em 1722. Isso tornou Rousseau quase órfão. Estava sendo criado por uma tia e uma empregada, além do pai. Ficou sob a tutela de um tio por parte da mãe, Bernard, que era casado com uma irmã de Isaac. Isaac tinha muitos irmãos.
 
Jean morou em Bossey por dois anos. Gostava da vida campestre e dos brinquedos. Ficou na casa de um pastor. Às vezes era castigado pela filha do pastor, Srta. Lambecier e sentia prazer nisso. Ela percebeu e começou a lhe tratar como menino grande. Mas em certa ocasião, Rousseau foi acusado de quebrar um pente e recebeu duro corretivo de outro. Bossey perdeu o encanto e Bernard o tirou daquela casa. Rousseau diz nas Confissões, autobiografia escrita no fim da vida, que passou dois ou três anos na casa do tio sem ocupação precisa. Relata os primeiros amores de forma fantasiosa. Com doze anos foi para Genebra. Empregaram-no como menino de recados. O tabelião dispensou-o do trabalho por inércia. Depois foi aprendiz de gravador. Por brincadeira falsificava medalhas e presenteava os amigos. Foi descoberto e punido Tornou-se temeroso, dissimulado e ladrão de pequenas coisas,como maçãs. Durante um ano, leu todos os livros de uma loja que os alugava.
 
Rousseau, aos dezesseis anos , ficava com os amigos nos arredores da cidade, que tinha portões. Perdeu o toque de recolher e encontrou os portões fechados por duas vezes, sendo punido por seu mestre. Na terceira, resolveu não voltar mais. Adorou os primeiros dias de liberdade. Encontrou muitas coisas novas, ajuda e amantes.
Foi para uma cidade perto de Genebra, onde se dirige ao cura de Confignon. Jantaram e conversaram, discordando. Rousseau cedeu. O cura encaminhou-o à senhora de Warens, em Annency. Se surpreendeu com a beleza dessa mulher, que tinha vinte e oito anos. Ela era separada e recebia pensão do rei. Ajudava os viajantes e desgraçados. Rousseau foi para Turim, mas voltaria a encontrar Louise Warens.
 
Em Turim entrou para o asilo do Espírito Santo, para tornar-se católico. Adquiriu repugnância pelo catolicismo. Saiu de lá e fez bico como gravador. Depois trabalhou escrevendo cartas para a condessa de Vercells, que estava doente. Passou três meses nessa casa, até a condessa falecer. Rousseau afirma que às vezes ele era um herói, às vezes um patife. Foi trabalhar na casa de um sobrinho da condessa, conde de La Rocque. Tomou lições de latim com um padre. Sob a influência de um amigo, aprontou várias na casa do conde e foi despedido. Partiu em viagem errante com Bâcle,o amigo. Rousseau queria reencontrar Louise, em Annency. Ele a chamava de mamãe. Ficou na casa de Louise, aos dezessete anos. Depois, tornou-se seminarista. O instrutor de Emílio foi inspirado nos vigários do seminário lazirista. Rousseau aprende música. Adora música, era uma de suas grandes paixões. Abandona o curso e voltou à Suiça
 
Viaja e passa por Genebra. Em Lyon, revê o pai. Em Lausanne tentou empregar-se como professor de música, com nome falso. Em Soleure, conheceu o embaixador da França. Viaja novamente em busca da Sra. de Warens. Volta a Lyon. Em 1742, foi novamente à capital francesa, levando um esquema de notação musical de sua autoria, além de uma comédia, uma ópera e originais de alguns poemas.  No ano seguinte, ocupou o cargo de secretário do embaixador francês em Veneza. Nessa época escreveu um ballet intitulado Les Muses Galantes (1745; As Musas Galantes), que foi encenado na òpera de Paris. De volta à França, tornou-se amigo de Diderot e Condillac e foi incumbido pelo primeiro de escrever os artigos sobre músicas para a Grande Encyclopédie. 
 
A Sra. de Warens tivera como primeiro amante o sr. Tavel, professor de filosofia. Ele a tornou uma mulher liberal e sem preconceitos. Quando Anet morreu, Rousseau teve de ocupar seu lugar na casa, sem possuir as mesmas qualificações.
 
Rousseau lê algumas obras de Voltaire, com quem ia polemizar mais tarde e gosta muito. Em 1737 assistiu a guerra civil de Genebra, guardando depois dolorosas recordações.

 

 

Começou a refletir sobre religião. Teve muita influência da Sra. de Warens nesse campo. Rousseau, com vinte e cinco anos dividiu a herança da mãe que passou a ter direito com Louise. Comprou livros e se dedicou ao estudo. Lê Leibniz, Locke, Malenbranche na filosofia. Estuda geometria, começando por Euclides. Formou um armazém de idéias dos autores, na esquematização do conhecimento adquirido. à tarde , estudava história e geografia.
Mas sua saúde piorava. Viajou para tratar do que acreditava ser uma doença no coração. No caminho viu a peça Alzire, de Voltaire, que o deixou mais doente. Teve um caso com a Sra. Larnage, que era casada. Esqueceu Louise. Quando voltou para vê-la, ela estava com outro jovem. Depois de um período, partiu para Charmettes, pois sua relação com Louise havia se tornado fria e ela se tornou apenas a “mamãe” mesmo.
Virou preceptor dos dois filhos do Sr. de Mably, em Lion, em 1740.Foi mal sucedido.Os alunos não aprendiam e ele não sabia ensinar. Pediu demissão. Elaborou um novo método de notação musical, que levou a Paris. Tinha algumas cartas de apresentação. Conhece Diderot. Consegue chegar na Academia e apresenta seu método. A academia apresenta objeções, dizendo não ser novo nem útil. Conhece Fontenelle. Diderot também era músico, além de filósofo e ficaram amigos. Diderot tinha aproximadamente a mesma idade de Rousseau. Rousseau se apaixona pela Sra. Dupon, mas não se declara. Só o faz por carta, encontrando frieza. Compõe uma ópera, mas não leva adiante o projeto. Viaja pela Europa e passa por Veneza, onde tem a idéia de escrever uma obra política. Visita o pai. Ocupa-se como professor de Thérese. Termina a ópera obtendo um sucesso moderado. Volta a Paris.
Diderot e d’Alember haviam começado o dicionário Enciclopédico, que era inspirado na Enciclopédia inglesa, e procuravam colaboradores. Rousseau redigiu toda a parte musical sem receber nada. Diderot enfrenta complicações por causa da sua Carta sobre os cegos e é preso..
 
Em 1745, Rousseau uniu-se a Thérese le Vasseur, uma criada de hotel, e com ela viveu tempestuosamente até o fim de seus dias (casaram-se em 1768).
Em 1749, Rousseau fica sabendo de um mote proposto pela Academia de Dijon, com o ensaio Discours sur les sciences El lês arts (1750): Discursos sobre as Ciências e as Artes). Dois anos mais tarde, teve uma de suas comédias, Narcisse (1753; Narciso), representada no Théàtre Français. Publicou sua Lettre sur La musique française (Carta sobre a Música Francesa), em que procura demonstrar a superioridade da música italiana em relação à da França. Cidadão de Genebra e calvinista (1754), publica o Discours sur l’origine de l’inégalité parmi lês hommes (1755: Discurso sobre a Origem da desigualdade dos homens) e o Discours sur l’ economie politique (1755: Discurso sobre a economia política).
 
Transferiu-se depois para uma vivenda próxima a Montmorency e aí começou a trabalhar em seu romance Julie ou La Nouvelle Hélóise (1761: Júlia ou Nova Heloisa), que alcançou enorme repercussão. No ano seguinte, fez publicar Du Contrat Social (1762: Contrato Social), sua obra fundamental, em que formula uma teoria do Estado, baseado na convenção entre os homens em que defende o principio da soberania popular. Émile (1762; Emílio ou da educação), longo estudo sobre educação, em forma de romance, veio à luz logo em seguida.
 
Essas duas obras, que contém violenta crítica ao cristianismo dogmático e ao ceptismo filosófico, foram consideradas ofensivas à autoridade. Para evitar a execução de uma ordem de prisão contra ele expedida. Rousseau viu-se forçado a deixar a França, refugiando-se no território Neuchátel. Aí escreveu suas célebres Castas escritas das Montanhas (1764), em que ataca o governo de Genebra, por ter determinado a destruição das edições do Contrato Social e do Émile. Em 1764, recebeu um panfleto anônimo intitulado Le Sentiment dês citoyens (O sentimento dos cidadãos), em que o acusavam de hipócrita e ingrato. O artigo era de autoria de Voltaire e o conhecimento deste fato abalou profundamente a Rousseau que, ao refazer-se do choque, decidiu escrever sua autobiografia, as Confissões (1782: Confissões).
 
Em 1770 voltou a Paris e tentou por todos os modos justificar suas idéias. Durante os dois últimos anos de vida, encontrou maior tranqüilidade de espírito, escrevendo então a mais delicada de suas obras, Rèveries Du promeneur solitare (1783: Devaneios do Caminhante Solitário), livro impregnado de profundas reflexões sobre a natureza do homem. Em maio de 1778, mudou-se para um pavilhão na propriedade do marquês René de Girardin, onde faleceu subitamente, seis semanas mais tarde. Foi sepultado na LLe dês Peupliers, no lado de Ermenonville, mas durante os anos sangrentos da Revolução Francesa, seus restos foram removidos para o Panthéon, em Paris.
 
As idéias contidas no conjunto da obra de Rousseau tiveram grande influência revolucionária, pois expressavam as injustiças da sociedade da época. No plano das ciências sociais, suas ideias apresentam certa afinidade com o pensamento de Montesquieu. Sua concepção de liberdade encontra paralelo na de Kant. Além de pensador e filósofo, Rousseau foi um dos maiores escritores do seu tempo.
 
 

Fonte: www.aconsciencia.com

           Enciclopédia Barsa

 

 

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