O JÚBILO DE QUEM AMA
06 de Fevereiro de 2009

 

Nasceu em Nottingham, Inglaterra, a 10 de abril de 1829, filhos de pais humildes. Tinha três irmãs e no seu lar nunca se falou de religião. Eram reservados e os vizinhos os olhavam como pessoas misteriosas. William tinha um primo sapateiro, metodista, cuja vida cristã era atraente. Com ele se associou nos deveres religiosos. Samuel Booth, pai de William, caiu gravemente enfermo e buscaram a ajuda espiritual do sapateiro. Nos últimos instantes compreendeu que havia gasto mal a sua vida, vivendo de maneira insensata. Arrependeu-se, pediu perdão dos pecados e morreu confiando em Jesus. Esse primeiro contato com a morte causou no ânimo de William uma forte impressão. Compreendeu que era um espírito imortal e que só tinha uma vida. Que faria para bem vive-la? Tais pensamentos o levaram a uma igreja metodista da qual o seu primo era membro e ali se filiou a uma  classe onde se  ministravam instruções espirituais.

 

Quando se encontrou com Cristo, ficou muito clara em sua mente uma falha da qual, para livrar-se devia fazer confissão pública. Lutou, mas venceu. O peso lhe saiu do coração e experimentou uma paz sem limites. Por esse tempo visitou Nottingham um pastor metodista de nome James Caughey, piedoso homem de Deus e poderoso pregador. Uma onda de avivamento passou pela cidade e cerca de mil almas buscaram a salvação. William sentiu dentro de si as ardências da vocação de ganhar alma para Cristo. Fez amizade com um companheiro piedoso, William Sansom e os dois foram como Jônatas e Davi. Com ele iniciou suas pregações. Foi durante a revolução política de Londres que William teve a visão gloriosa da possibilidade de uma entrega total. Escreveu ao amigo: "Desejo oferecer-me ao exército, pois se for à Austrália como capelão de um transporte de prisioneiros, pregarei aos piores homens acerca da salvação em Cristo." E seu grito de combate deveria ser: "CRISTO PARA MIM".

Pouco tempo depois dessa liberação, seu amigo, Sr. Rabbittis aconselhou-o a abandonar a vida comercial da qual obtinha o sustento, para aceitar um lugar num pastorado entre os reformadores. era uma oportunidade de empregar o tempo no trabalho de Deus. Aceitou uma oferta de um pequeno salário e, ao despedir-se, o patrão lhe ofereceu lucros vantajosos, mas William escapou da escravidão e passou a dedicar sua vida ao serviços do Mestre.

 

Aos vinte e três anos encontrou-se com uma jovem que seria sua companheira. Eram quase da mesma idade e sentiram fortes afinidades um pelo outro. Entregaram ao Senhor o problema. Ele era a senhorita Catarina Mumford membro assíduo e consagrado da Igreja Metodista. Seu lar era refinadamente cristão e muito cedo Catarina entregou o coração a Cristo. Desde menina revelava um caráter impoluto. Tinha dó dos que sofriam; penalizava-se dos animais esquálidos e lhes comprava alimentos com  o dinheiro que lhe caía às mãos; leu muito e adquiriu conhecimentos como poucas meninas de sua idade. Sobretudo, lia a Bíblia e os escritos de Wesley, de Fletcher e de Bramwell. "Quero ter um coração limpo", repetia-se a si mesma. Por motivo de aliar-se aos reformadorres, expulsaram-na da Igreja onde passara a meninice. Foi então que conheceu William Booth. O primeiro contato se deu numa igreja reformada com a qual Catarina se filiara e onde William fora convidado a pregar. Pareceu-lhe que o sermão havia sido o melhor que já ouvira. A mensagem e personalidade do pregador a atraíram e ao se cumprimentarem eram como conhecidos de há muito tempo.

William gostava de decidir sem vacilações. Assim se deu ao comprometer-se com Catarina e ao resolver entrar no Seminário de Londres a fim de preparar-se melhor para o ministério da Palavra. Tais progressos fez nos estudos que, ao cabo de um ano, foi recomendado como ministro e aprovado por quatro anos, podendo casar-se no primeiro ano. Foi nomeado pastor assistente numa igreja de Londres, mas foram tantos os convites para trabalhos de evangelização e tão grande a colheita de almas, que lhe deram mais ampla liberdade de ação.

 

A cerimonia nupcial de Catarina e William não teve flores, nem música, nem público. Eram a noiva, o noivo, o ministro e as testemunhas. Seguiram imediatamente para o campo de batalha: as casas de uns e de outros, evangelizando, doutrinando. Visitaram as ilhas do Canal da Mancha e as cidades ao norte e oeste da Inglaterra.

As "Festas de amor" do tempo de Wesley prosseguiram e William expressava o seu apego à ação direta do Espírito Santo para a vida de serviço. Catarina escreve à sua mãe: "Calcula-se que estavam presentes duas mil pessoas. Meu amado esposos falou cerca de duas horas, com o interesse e a atenção de todos."

Durante uma das campanhas que efetuou em Cornwall, aprendeu a importante lição de deixar o povo expandir-se em "glórias e aleluias". Tais demonstrações de gozo espiritual se apartavam dos costumes de reserva e absoluto silencio nos serviços religiosos. Outra lição aprendida foi a de evitar as demonstrações públicas que lhes eram oferecidas.

William foi designado para dirigir uma campanha evangelística na sua cidade natal. Anos antes havia saído de Nottingham como jovem pobre, desconhecido e sem emprego. Voltava como evangelista, coberto de honras e acompanhado de sua encantadora esposa. A capela onde se havia encontrado com o Amado Salvador e onde havia recebido a inspiração do piedoso Caughey para a sua vocação ministerial, regorgitava de gente para ouví-lo. Catarina escreve à sua mãe: "O intendente municipal, sua senhora e cinco filhos, vieram constantemente às reuniões."  O tesoureiro da igreja escreveu para uma revista: "O Senhor Booth é um homem extraordinário. Jamais passei, em toda a minha vida, seis semanas como estas últimas".

Continua...

 

publicado por cleudf às 00:09 link do post
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sinto-me: Feliz com Jesus
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