O JÚBILO DE QUEM AMA
29 de Janeiro de 2009

NÃO ABRIR CONCESSÕES

Pr. Charles H. Spurgeon

 

Sermão pregado em 7 de outubro de 1888 no Mtropolitan Tabernacle, Newington, Londres.

"E disse-lhe o servo: Se porventura não quiser seguir-me a mulher a esta terra, farei, pois, tornar o teu filho à terra donde saíste? E Abraão lhe disse: Guarda-te, que não faças lá tornar o meu filho. O SENHOR Deus dos céus, que me tomou da casa de meu pai e da terra da minha parentela, e que me falou, e que me jurou, dizendo: À tua descendência darei esta terra; ele enviará o seu anjo adiante da tua face, para que tomes mulher de lá para meu filho. Se a mulher, porém, não quiser seguir-te, serás livre deste meu juramento; somente não faças lá tornar a meu filho." (Gênesis 24:5-8.)

 

Gênesis é tanto o livro dos princípios quanto o livro das dispensações. Conheceis o uso que Paulo faz de Sara e Hagar, de Esaú e Jacó, e outros. Gênesis é, todo ele, um livro que instrui o leitor acerca das dispensações de Deus com relação ao homem. Paulo diz, em certo lugar que "tais coisas são alegoria", sendo que, ao dizer isso, não tencionou dizer que estes não sejam fatos literais , mas que, sendo fatos literais, podem também ser utilizados de forma educacional, como alegoria. Também posso dizer o mesmo deste capítulo. Ele relata o que foi realmente falado e feito. Mas, ao mesmo tempo, possui em si mesmo instruções alegóricas com respeito às coisas celestiais. O verdadeiro ministro de Cristo é como este Eleazar de Damasco. Ele é enviado a encontrar uma esposa para o filho de seu mestre. Seu grande desejo é que muitos sejam apresentados a Cristo no dia da Sua vinda, como a noiva, a esposa do Cordeiro.

O fiel servo de Abraão, antes de iniciar sua jornada, comungou com seu mestre. E esta é uma lição para nós que saímos a cumprir a missão do Senhor. Que nós, antes de verdadeiramente nos engajarmos na obra, vejamos a face do Mestre, conversemos com Ele e Lhe digamos quaisquer dificuldades que possam ocorrer em nossas mentes. Antes de sairmos ao trabalho, devemos saber em que pé estamos e onde estamos pisando. Ouçamos da própria boca de nosso Senhor o que Ele espera que façamos e até que ponto Ele nos ajudará ao realizarmos esta obra.

Insisto convosco, meus co-obreiros, a que nunca saiam a apelar com os homens em nome de Deus até que tenhais, em primeiro lugar, apelado a Deus em favor dos homens. Não tenteis passar adiante uma mensagem a qual vós mesmos não tenhais, em primeiro lugar, recebido pelo Espírito Santo. Saí da câmara de comunhão com Deus para o púlpito do ministério entre os homens e haverá um frescor e poder sobre vós que ninguém será capaz de resistir.

O servo de Abraão falou e agiu como alguém que se sente compelido a executar exatamente o que o seu mestre ordenou e a dizer aquilo que o mestre lhe falou. Portanto, sua única ansiedade era saber a essência e a medida de sua comissão. Durante a conversa com seu mestre, mencionou um pequeno ponto sobre o qual poderia haver alguma dificuldade. E seu mestre rapidamente removeu a dificuldade de sua mente. É sobre esta dificuldade, a qual tem ocorrido nestes dias em larga escala e tem perturbado muitos dos bons servos de meu Mestre, que falarei nesta manhã ! possa Deus permitir que este sermão seja para o benefício de toda a Sua Igreja!

I. Começando o nosso sermão, pedirei a vocês, em primeiro lugar, para que pensem na tarefa jubilosa, mas de grande responsabilidade, deste servo. Era uma tarefa jubilosa ! os sinos das bodas soavam ao seu redor. O casamento do herdeiro deveria ser um evento jubiloso. Era uma coisa muito honrosa para o servo que lhe houvesse sido confiada a tarefa de encontrar uma esposa para o filho de seu mestre. Contudo, era também, em todos os sentidos, um negócio da mais alta responsabilidade, não sendo, de forma alguma uma tarefa fácil de ser completada. Deslizes poderiam ocorrer muito prontamente, antes que se apercebesse disso. E precisava utilizar-se de toda a sua sagacidade e talvez algo mais do que sagacidade, para este assunto delicado.

Teria que viajar para longe, sobre terras sem trilhas ou estradas. Teria que procurar uma família, a qual não conhecia e descobrir nesta família uma mulher a quem não conhecia e que, contudo, fosse a pessoa certa para ser a esposa do filho de seu mestre ! tudo isso era uma grande tarefa. A obra que este homem assumiu era um negócio sobre o qual estava o coração de seu mestre. Isaque tinha agora quarenta anos de idade e não havia demonstrado sinais de casar-se. Possuía um espírito quieto e gentil e necessitava de um espírito mais ativo que o instigasse. A morte de Sara o havia destituído do consolo da sua vida, o qual havia encontrado em sua mãe e havia, sem dúvida, feito com que desejasse uma companhia terna.

O próprio Abraão era um homem idoso e bem avançado em anos. E, muito naturalmente, gostaria de ver a Promessa começando a ser cumprida, de que em Isaque seria continuada a sua semente. Portanto, com grande ansiedade, a qual é indicada por fazer com que seu servo jurasse um voto da mais alta solenidade, deu-lhe a comissão de ir à antiga habitação da família na Mesopotâmia e procurar ali por uma noiva para Isaque. Embora esta família não fosse tudo o que poderia desejar, ainda assim era o melhor que conhecia. E como alguma luz celeste ainda permanecia ali, esperava encontrar naquele lugar a melhor esposa para seu filho.

A tarefa que comissionava a seu servo era, contudo, muito séria. Meus irmãos, isto não é nada comparado com o peso que repousa sobre o verdadeiro ministro de Cristo. Todo o coração do Grande Pai está posto em dar a Cristo uma Igreja a qual possa ser a Sua Amada para sempre. Jesus não deve ficar só ! Sua Igreja deve ser a sua querida companhia. O Pai quer encontrar uma noiva para o grande Noivo, uma recompensa para o Redentor, um conforto para o Salvador ! desta forma, deposita [esta tarefa] sobre todos a quem chama para disseminar o Evangelho, para que busquemos almas para Jesus e nunca repousemos até que os corações estejam ligados ao Filho de Deus.

Oh, supliquemos pela graça divina para desempenhar esta comissão! Esta mensagem era ainda de maior responsabilidade por causa da pessoa para quem a esposa era procurada. De fato, para o servo, ele era único. Era um homem nascido de acordo com a Promessa, não pela carne, mas pelo poder de Deus. E sabeis como em Cristo e em todos os que são um com Cristo, a vida vem através da Promessa e do poder de Deus, e não brota de homens. Isaque era, ele próprio, o cumprimento da Promessa e o herdeiro da Promessa. Infinitamente glorioso é o nosso Senhor Jesus como Filho do Homem! Quem declarará a Sua geração? Onde encontraremos uma companheira para Ele? Uma alma que esteja pronta a desposá-lo?

Isaque havia sido sacrificado. Havia sido deposto sobre o altar e, embora não houvesse realmente morrido, a mão de seu pai havia brandido o cutelo para imolá-lo. Abraão, em seu espírito, havia oferecido seu filho. E sabeis quem é Aquele a quem pregamos e por quem pregamos, o próprio Jesus, o qual depositou a Sua vida como um sacrifício pelos pecadores. Foi apresentado como uma oferta queimada completa a Deus. Oh, pelas chagas e pelo suor de sangue, vos pergunto ! onde encontraremos um coração que esteja pronto a ligar-se a Ele? Como encontraremos homens e mulheres que possam recompensar dignamente um amor tão maravilhoso, tão divino, como o dAquele que morreu a morte da cruz?

Isaque também havia sido, em figura, ressuscitado dos mortos. Para seu pai, foi considerado como "amortecido", como disse o apóstolo em Hebreus 11:12! e este lhe foi entregue dentre os mortos. Mas nosso abençoado Senhor foi realmente ressuscitado dentre mortos reais e está diante de nós hoje como o Conquistador da morte e o Vencedor da tumba. Quem se ajuntará a este Conquistador? Quem é digno de habitar com este Ser glorioso? Alguém pode ter pensado que cada coração ansiaria por tal felicidade e saltaria em antecipação de tal honra inigualável, e que ninguém se esquivaria, exceto por causa de um enorme senso de indignidade. Contudo, não é assim, embora que deveria ser.

Que tarefa de alta responsabilidade temos a cumprir para encontrar aqueles que estarão ligados para sempre em santa união com o Herdeiro da Promessa, aquele que é O Sacrificado e Ressurreto! Isaque era tudo para Abraão. Abraão teria dito a Isaque, "Tudo o que tenho é teu." Isto também é verdade com relação ao nosso bendito Senhor, a quem tornou o Herdeiro de todas as coisas ! através de quem fez também os mundos, pois "foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse" Colossenses 1:19. Que dignidade será depositada sobre todo aquele que desposar a Cristo! E a esta altura de eminência sereis elevados, tornando-se um com Jesus!

Ó pregador, que obra tendes a fazer hoje, para encontrar aqueles a quem dareis o bracelete e sobre cuja face pendurarás a jóia! A quem direi, "Darias o coração ao meu Senhor? Faria de Jesus a tua confiança, tua salvação, teu Tudo em Tudo? Estás disposto a tornar-se Seu, para que Ele seja vosso?" Não vos disse verdadeiramente, que esta era uma tarefa jubilosa, mas de grande responsabilidade, quando pensais o que a noiva deve ser para tornar-se aquela a quem o filho de teu mestre desposaria? Deve, pelo menos, estar disposta e ser bela. No dia do poder de Deus, os corações tornam-se dispostos. Não pode haver bodas com Jesus sem um coração de amor.

Onde encontraremos este coração disposto? Apenas onde a Graça de Deus operou. Ah, vejo então como posso encontrar beleza, também, entre os filhos dos homens! Manchada como é a nossa natureza pelo pecado, apenas o Espírito Santo pode comunicar aquela beleza da santidade, a qual permitirá que o Senhor Jesus contemple a formosura em Seus escolhidos. Contudo, existe em nossos corações uma aversão a Cristo e uma indisposição para aceitá-Lo, e ao mesmo tempo, um terrível senso de inadequação e indignidade! O Espírito de Deus implanta um amor que é de origem divina e renova o coração pela regeneração que vem do alto. E então buscamos ser um com Jesus, mas não até então. Vede, portanto, como nossa tarefa necessita do auxílio do próprio Deus.

Imaginaram o que a noiva tornar-se-á ao ser desposada por Isaque? Ela deverá ser sua delícia ! sua amiga e companheira amorosa. Deverá ser parceira de toda sua riqueza. E, especialmente, será participante na grande Promessa do Concerto, a qual foi concedida particularmente a Abraão e sua família. Quando um pecador vem a Cristo, o que Cristo faz dele? Seu deleite está nele ! Ele comunga com ele. Ouve a sua oração, aceita seus louvores. Opera nele e com ele, e glorifica-Se nele. Torna o crente co-herdeiro Consigo mesmo de tudo o que possui, e o apresenta à casa do tesouro do Concerto, onde as riquezas e a glória de Deus estão armazenadas para Seus escolhidos.

Ah, caros amigos! É assunto de pequena monta, à vista de alguns, a pregação do Evangelho. E, contudo, se Deus está conosco, nossa obra é maior do que a dos anjos. De maneira humilde estais falando de Jesus aos meninos e meninas de vossas classes. E alguns vos desprezam, como "apenas professores da Escola Dominical". Mas vosso trabalho tem um peso espiritual que é desconhecido nos conclaves de senadores e ausente nos conselhos de imperadores. Sobre o que dizeis, morte e inferno e mundos não conhecidos estão pendentes. Estais moldando os destinos de espíritos imortais, transformando almas da ruína à glória, do pecado à santidade:

"Não é uma obra de pequena monta

Pois exige vosso cuidado e amor;

Mas pode encher o coração de um anjo,

E enche as mãos do Salvador."

Ao levar adiante esta comissão, este servo não deveria poupar esforços. Seria necessário que viajasse uma longa distância, possuindo uma indicação geral de direção, mas sem conhecer o caminho. Deveria possuir a direção e proteção divinas. Quando alcançasse o lugar, deveria exercer grande dose de bom senso e ao mesmo tempo uma dependência confiante na bondade e sabedoria de Deus. Seria a maravilha das maravilhas se chegasse a encontrar a mulher escolhida e apenas o Senhor poderia fazer com que isto acontecesse. Pela Graça de Deus, teria todo o cuidado e fé exigida.

Lemos a história de como ele viajou, e orou, e implorou. Poderíamos ter clamado, "Quem é capaz de realizar estas coisas?" Mas vemos que o Senhor Jeová o fez capaz e sua missão foi executada com felicidade. Como podemos nos colocar na situação certa para encontrar pecadores e conquistá-los para Jesus? Como podemos aprender a falar as palavras certas? Como adaptaremos nosso ensino à condição de seus corações? Como adaptaremos a nós mesmos aos seus sentimentos, seus preconceitos, suas dores, e suas tentações?

Irmãos, nós que pregamos o Evangelho continuamente bem podemos clamar, "Se a Tua Presença não estiver comigo, não nos faça sair deste lugar." Procurar por pérolas no fundo do mar é brincadeira de criança, comparado a buscar almas nesta ímpia Londres. Se Deus não está conosco, podemos lançar nossos olhos e usar as nossas línguas em vão. Apenas quando o Poderoso Deus dirigir, e guiar, e influenciar, e inspirar, podemos executar a tarefa que nos foi solenemente confiada. Apenas com o Divino auxílio poderemos voltar com júbilo, trazendo conosco os escolhidos do Senhor. Somos os amigos do Noivo e nos regozijaremos grandemente em Sua alegria. Mas choramos e clamamos até que tenhamos encontrado os corações eleitos nos quais Ele se deleitará, os quais ressuscitará para que se assentem com Ele sobre o Seu Trono.

II. Segundo, gostaria de levá-los a considerar o medo razoável que é mencionado. O servo de Abraão disse, "Se porventura não quiser seguir-me a mulher a esta terra." Esta é uma dificuldade muito séria, grave e comum. Se a mulher não estiver disposta, nada pode ser feito. Força e fraude estão fora de questão. Deve haver uma disposição verdadeira ou não pode haver matrimônio neste caso. Aqui está a dificuldade ! aqui está uma vontade com a que devemos lidar.

Ah, meus irmãos! Esta é, ainda agora, a nossa dificuldade. Permitam-me descrever desta dificuldade em detalhes, assim como apresentou-se ao servo e como apresenta-se para nós. Ela poderá não crer no meu relato, ou impressionar-se com ele. Quando chegar a ela e lhe disser que fui enviado por Abraão, poderá olhar-me no rosto e dizer, "Existem muitos enganadores hoje em dia." Se lhe disser que o filho do meu mestre é extremamente belo e rico e que alegremente a tomaria para si, poderá responder, "Fábulas estranhas e romances são comuns nestes dias. Mas os prudentes não abandonam as suas casas."

Irmãos, em nosso caso, este é um triste fato. O grande profeta evangélico clamou "Quem deu crédito à nossa pregação?" [(Isaías 53:1)] Também podemos clamar as mesmas palavras. Os homens não se importam com a pregação do grande amor de Deus pelos rebeldes filhos dos homens. Não crêem que o infinitamente glorioso Senhor está procurando em amor pelo pobre e insignificante homem ! e para conquistá-lo entregou a Sua vida. O calvário, com sua riqueza de misericórdia, dor, amor e mérito, é desprezado. De fato, contamos uma maravilhosa história, e esta pode parecer boa demais para ser verdade. Mas é triste, de fato, que grande multidão de homens seguem seus caminhos atrás de migalhas e consideram estas grandes realidades como sendo apenas sonhos.

Estou curvado em desânimo, ao ver que o grande amor do meu Senhor, o qual O guiou até a morte em favor do homem, dificilmente seja considerado digno da nossa audição, muito menos da nossa crença. Eis aqui um matrimônio celestial e núpcias reais colocados ao nosso alcance. Mas com um gesto de escárnio o desprezais e preferis as feitiçarias do pecado.

Há uma outra dificuldade ! espera-se que ela se apaixone por alguém a quem nunca havia visto. Havia apenas acabado de ouvir que existia uma pessoa chamada Isaque, mas mesmo assim deve amá-lo o bastante para que deixe seus queridos e vá para uma terra distante. Isto somente poderia acontecer porque reconhecera a vontade de Jeová neste assunto. Ah, meus caros ouvintes! Tudo o que lhes dizemos diz respeito a coisas que ainda não vistes. E aqui está a nossa dificuldade. Tendes olhos e quereis ver todas as coisas. Tendes mãos e quereis tocar tudo. Mas existe Um a quem não podeis ver ainda, o qual conquistou o nosso amor por causa do que cremos a Seu respeito. Podemos verdadeiramente dizer dEle, "A quem não vimos, amamos: em quem, embora não O vemos agora, contudo crendo, nos regozijamos com alegria indizível e cheia de glória."

Sei que a vossa resposta ao nosso apelo é ! "Exiges demais de nós quando pedes que amemos um Cristo que nunca vimos." Posso apenas responder, "Realmente é assim: pedimos mais de vós do que esperamos receber." A menos que o Deus Espírito Santo opere um milagre da Divina Graça em vossos corações, não sereis persuadidos por nós a abandonar vossas antigas associações e juntar-se ao nosso Amado Senhor. E, ainda assim, se vierdes a Ele e amá-Lo, Ele mais do que vos satisfará. Pois encontrareis nEle descanso para vossas almas e uma paz que excede todo o entendimento (Mateus 11:29; Filipenses 4:7).

O servo de Abraão pode ter pensado ! "Ela pode recusar-se a fazer uma mudança tão radical como deixar a Mesopotâmia e ir para Canaã. Havia nascido e sido criada em um distante país desenvolvido e todas as suas associações eram com a casa de seu pai. E, para casar-se com Isaque, deveria despojar-se de tudo." Assim também, não podeis ter a Jesus e também o mundo ! é preciso que rompais com o pecado para que vos ajunteis a Jesus. Deveis sair do mundo licencioso, do mundo da moda, do mundo científico e do (assim chamado) mundo religioso. Se vos tornardes um cristão, deveis abandonar velhos hábitos, velhos motivos, velhas ambições, velhos prazeres, velhas vanglórias, velhos modos de pensar. Todas as coisas devem tornar-se novas.

Deveis abandonar as coisas as quais tens amado e buscar muitas daquelas coisas as quais até agora tendes desprezado. Deverá vir sobre vós uma mudança tão grande como se houvésseis morrido e novamente recriados. Respondeis, "Devo suportar tudo isso por Alguém a quem nunca vi e por uma herança na qual nunca coloquei os pés?" Realmente é assim. Embora me entristeça por não aceitardes, não estou em nada surpreso, pois não é dado a muitos ver Aquele que é invisível, ou escolher o caminho estreito e apertado que leva à vida. O homem ou a mulher que seguirá o mensageiro de Deus para desposar a um Noivo tão estranho é realmente um pássaro raro.

Mais do que isso, poderia ser uma grande dificuldade para Rebeca, se é que ela teve alguma dificuldade, pensar que dali em diante, deveria levar uma vida peregrina. Deveria deixar a sua casa e fazenda por uma tenda e uma vida cigana. Abraão e Isaque não encontraram cidade na qual morar, mas vagueavam de lugar para lugar, habitando sozinhos, moradores transitórios, juntamente com Deus. Seu modo de vida exterior era típico da forma de fé pela qual os homens vivem no mundo, não pertencendo a ele. Para todas as intenções e propósitos, Abraão e Isaque estavam fora do mundo e viviam em sua superfície sem uma conexão duradoura com ele. Eram os homens do Senhor e o Senhor era a sua possessão. Ele separava-Se para eles e eles separavam-se para Ele.

Rebeca poderia muito bem ter dito, "Isto nunca dará certo para mim. Não posso marginalizar-me. Não posso deixar os confortos de minha habitação já estabelecida para vaguear pelos campos, onde quer que os rebanhos necessitem que eu vá." Não se dá para a maior parte da humanidade que seria uma boa coisa estar no mundo e não ser parte dele. Não são estranhos no mundo - anseiam ser admitidos mais completamente em sua "sociedade". Não são estrangeiros aqui, com seus tesouros no Céu ! anseiam ter uma bela soma na terra e encontram o seu céu em desfrutá-la eles mesmos e enriquecendo suas famílias. Minhocas é o que são, a terra os satisfaz.

Se algum homem torna-se desvinculado deste mundo e faz das coisas espirituais seu objetivo, é desprezado como um entusiasta sonhador. Muitos homens pensam que as coisas da religião existem meramente para que seja lido a seu respeito e pregado acerca delas ! mas viver por elas seria uma existência sonhadora e fantasiosa. E ainda assim, o espiritual é, depois de tudo, a única coisa real ! o material é, na verdade mais profunda, aquilo que é visionário e não substancial. Ainda assim, quando as pessoas desistem por causa das durezas da batalha santa e da espiritualidade da vida de crença, não nos maravilhamos, pois dificilmente esperaríamos que pudesse ser de outra forma. A menos que o Senhor renove o coração, os homens sempre preferirão o pássaro-na-mão desta vida ao pássaro-voando da vida porvir.

Além disso, pode ser que a mulher não dê importância ao Concerto da Promessa. Se não tiver consideração por Jeová e a Sua vontade revelada, provavelmente não irá com o homem e encetar matrimônio com Isaque. Era ele o Herdeiro das Promessas, o herdeiro dos privilégios do Concerto, o qual o Senhor por juramento havia prometido. Sua escolhida tornar-se-ia a mãe da semente escolhida, a qual Deus havia designado para ser uma bênção para o mundo através de todas as épocas, até o Messias, a Semente da mulher, o qual esmagaria a cabeça da serpente.

Talvez a mulher não conseguisse ver o valor do Concerto, nem apreciasse a glória da Promessa. As coisas as quais devemos pregar ! tais como a vida eterna, união com Cristo, ressurreição dos mortos, reinarmos com Ele para sempre e sempre ! parecem aos corações endurecidos dos homens como se fossem fábulas sem sentido. Fale-lhes sobre altos juros pelo seu dinheiro, de grandes propriedades para um projeto imobiliário, ou das honras a serem prontamente recebidas e invenções a serem descobertas ! e abrirão seus olhos e ouvidos, pois aí está algo digno de ser sabido. Mas as coisas de Deus ! eternas, imortais, sem limites ! estas são sem importância para eles. Não podem ser convencidos a ir de Ur para Canaã por coisas tão sem importância quanto a vida eterna e o Céu, ou Deus. Então, vejam a nossa dificuldade. Muitos descrêem completamente e outros racionalizam e criam objeções. Um grande número deles nem mesmo ouvem a nossa história. E, daqueles que ouvem, a maior parte não se preocupa e outros divertem-se com ela e adiam considerações sérias. Realmente, falamos a ouvidos que não se dispõe a ouvir.

III. Em terceiro lugar, gostaria de elaborar sobre sua sugestão, a qual é muito natural. Este prudente mordomo disse, "Se porventura não quiser seguir-me a mulher a esta terra, farei, pois, tornar o teu filho à terra donde saíste?" Se ela não vier até Isaque, deveria Isaque descer até ela? Esta é a sugestão do nosso presente tempo ! se o mundo não vem a Jesus, deveria Jesus amenizar Seus ensinamentos ao mundo? Em outras palavras, se o mundo não se eleva até a igreja, não deveria a igreja descer até o mundo? Ao invés de insistir com os homens que se convertam e saiam de entre os pecadores e separem-se deles, juntemo-nos ao mundo ímpio, entremos em união com ele e, desta forma, poderemos permeá-lo com nossa influência, permitindo que ele nos influencie.

Formemos um mundo cristão. Tendo em vista este objetivo, revisemos as nossas doutrinas. Algumas são ultrapassadas, taciturnas, severas, impopulares. Acabemos com elas. Usemos as frases antigas, de forma a agradar os que são obstinadamente ortodoxos, mas demos a elas novos significados, de forma a conquistarmos infiéis filosóficos, que estão por aí fazendo as suas presas. Aparemos os cantos desagradáveis da Verdade de Deus, moderemos a tonalidade dogmática da Revelação infalível ! digamos que Abraão e Moisés cometeram erros e que os livros, os quais há tanto tempo são reverenciados, estão cheios de enganos. Salvemos a antiga fé e coloquemos em seu lugar novas dúvidas. Porque os tempos estão mudados e o espírito desta época sugere o abandono de tudo que é muito severamente correto e muito definitivamente de Deus.

A adulteração enganosa da doutrina é acompanhada por uma falsificação da experiência. Diz-se atualmente aos homens que nasceram bons, ou tornaram-se bons pelo seu batismo infantil e, desta forma, a grande sentença "Necessário vos é nascer de novo" perde a sua força. O arrependimento é ignorado, a fé é uma droga no mercado, quando comparada à "dúvida honesta", e a tristeza pelo peado e a comunhão com Deus são dispensadas, de forma a abrir caminho para os entretenimentos, e o socialismo e política de várias nuances. Uma nova criatura em Cristo Jesus é vista como uma invenção amarga de Puritanos fanáticos. E, enquanto afirmam isto, no mesmo fôlego louvam a Oliver Cromwell.

Mas 1888 não é 1648. O que era bom e nobre há duzentos anos atrás é meramente hipocrisia atualmente. É isso o que nos está dizendo o "pensamento moderno". E, sob a sua orientação, todas as religiões estão sendo diminuídas. A religião espiritual é desprezada e uma moralidade da moda é estabelecida em seu lugar. Arrume-se bem no Domingo ! comporte-se. E, acima de tudo, creia em tudo, exceto naquilo que se lê na Bíblia e tudo estará bem. Esteja na moda e pense de acordo com aqueles que professam ser científicos ? este é o primeiro e grande mandamento da escola moderna. E o segundo é semelhante a este ! não seja singular, mas sim tão mundano quanto seus vizinhos. Assim, Isaque está descendo a Padã-Arã ! assim a igreja está descendo para o mundo.

Muitos parecem dizer ! Não existe vantagem em continuar da maneira antiga, atraindo um aqui e outro ali de entre a grande massa. Queremos tudo de forma mais rápida. Esperar até que as pessoas nasçam de novo e se tornem seguidores de Cristo é um longo processo ! vamos abolir a separação entre os regenerados e os não regenerados. Vinde à igreja, todos vós, convertidos ou não convertidos. Tendes bons desejos e boas resoluções. Isto é o suficiente ! não vos preocupeis com mais nada. É verdade que não credes no evangelho, mas nem tampouco nós. Vós credes em uma coisa ou outra. Vinde conosco. Se não credes em coisa alguma, não importa. A vossa "dúvida honesta" é muito melhor do que fé.

"Contudo", dizeis vós, "ninguém fala desta forma". Possivelmente não usam as mesmas palavras, mas este é o significado da religião da atualidade. Este é a grande derivação de todos os tempos. Posso justificar a mais ampla de minhas afirmações pelos atos ou pelo discurso de certos ministros, os quais estão traindo enganosamente nossa santa religião, sob o pretexto de adaptá-la à época atual. O novo plano é assimilar a igreja ao mundo e assim, abarcar uma área maior dentro de suas fronteiras. Através de apresentações semi-dramáticas, fazem a casa de oração aproximar-se do teatro. Transformam seus cultos em verdadeiros shows musicais, e seus sermões em discursos políticos ou ensaios filosóficos ! de fato, trocam o templo pelo teatro, e transformam os ministros de Deus em atores, cuja função é entreter os homens.

Não é verdade, que o Dia do Senhor está se tornando mais e mais um dia de recreação ou de lazer, e a Casa do Senhor, uma casa cheia de ídolos, ou um clube político, onde existe mais entusiasmo por festas do que zelo pelo nome de Deus? Ai de mim, as cercas estão quebradas, as paredes estão derrubadas e para muitos, não existe mais igreja, exceto como uma parte do mundo, não há Deus, exceto como uma força desconhecida, através da qual operam as leis da natureza. Esta é a proposta. De forma a ganhar o mundo, o Senhor Jesus deve adaptar-se, bem como a Seu povo e a Sua Palavra, ao mundo. Não compactuo com proposta tão repugnante.

IV. Em quarto lugar, notemos a rejeição franca e determinada do mestre a esta proposta. Ele diz, de forma curta e incisiva, "Guarda-te, que não faças lá tornar o meu filho." O Senhor Jesus Cristo encabeça esta grande caravana de emigração, que acaba de sair do mundo. Dirigindo-se a Seus discípulos, Ele diz, "Vós não sois deste mundo, assim como Eu não sou deste mundo." Não somos deste mundo por nascimento, nem somos deste mundo por nossa vida, nem somos deste mundo em objeto, nem somos deste mundo em espírito, não somos deste mundo em qualquer aspecto. Jesus e aqueles que estão nEle constituem uma nova raça. A proposta de voltar ao mundo é abominável aos nossos melhores instintos ! sim, é mortal para a nossa vida mais nobre.

Uma voz do Céu clama, "Não faças lá tornar o meu Filho." Não permitais que o povo a quem o Senhor tirou do Egito retorne à casa da servidão. Mas que seus filhos saiam e que sejam separados, e o Senhor Jeová será um Pai para eles. Note como Abraão coloca a questão. De fato, ele argumenta, isto seria afastar-se da ordem divina. "O Senhor Deus dos céus," disse Abraão, "me tomou da casa de meu pai e da terra da minha parentela." Por que, então, se Ele tirou a Abraão, deveria Isaque retornar? Isto não pode ser. Até aqui o caminho do Senhor com a Sua igreja tem sido separar um povo do mundo para que sejam Seus eleitos ! um povo formado para Si mesmo, o qual demonstrará o Seu louvor.

Amados, o plano de Deus não se altera. Ele ainda sairá a chamar aqueles a quem predestinou. Não menosprezemos este fato e passemos a supor que podemos salvar homens em uma escala por atacado, ignorando a diferença entre os mortos no pecado e os vivos em Sião. Se Deus tivesse em mente abençoar a família em Padã-Arã, permitindo que Seus escolhidos habitassem entre eles, por que chamou Abraão para sair dali? Se Isaque pudesse fazer algum bem habitando ali, por que Abraão partiu? Se não há necessidade de uma igreja separada hoje, o que estivemos fazendo todos esses anos? O sangue dos mártires foi derramado por pura tolice? Os reformadores estavam loucos quando lutaram por doutrinas as quais parece não serem de grande importância?

Irmãos, existem duas sementes ! a semente da mulher e a semente da serpente ! e a diferença será mantida até o final ! e não podemos ignorar esta distinção para agradar aos homens. Para Isaque, descer à casa de Naor em busca de uma esposa, seria colocar a Deus em segundo lugar, em favor de uma esposa. Abraão principia seu argumento com uma referência a Jeová, "O Senhor Deus dos céus". Pois Jeová era tudo para ele e também para Isaque. Isaque nunca renunciaria a sua caminhada com o Deus vivo, para que pudesse encontrar uma esposa. Contudo, esta apostasia é bastante comum em nossos dias. Homens e mulheres que professam santidade abandonam o que professam crer, de forma a conseguir esposas ou esposos ricos para si e seus filhos.

Não há desculpas para esta conduta mercenária. "Uma sociedade melhor" é o clamor ! significando mais riquezas e moda. Para o verdadeiro homem, Deus está em primeiro lugar ! sim, é o Tudo em Tudo. Mas Deus é colocado em último lugar e tudo mais é colocado à Sua frente pelo falso cristão. Em nome de Deus, conclamo aos fiéis a Deus e à sua verdade a que se recusem a abandonar sua fé. Não importa o que possam perder, não vos desvieis. Não importa o que possam ganhar, contai a repreensão de Cristo como riquezas maiores do que todos os tesouros do Egito. Desejamos o espírito de Abraão em nós, e o teremos quando tivermos a fé de Abraão.

Abraão sentiu que isto seria renunciar à Promessa do Concerto. Vede como ele coloca a questão ! "O Senhor Deus dos céus, que me tomou da casa de meu pai me jurou, dizendo: À tua descendência darei esta terra." Deverão, portanto, deixar a terra e voltar ao lugar de onde o Senhor os chamou? Irmãos, somos também herdeiros da Promessa, de coisa ainda não vistas. Por isto caminhamos pela fé e desta forma somos separados daqueles que estão à nossa volta. Habitamos entre os homens como Abraão habitou entre os cananitas ! mas somos uma raça distinta ? somos nascidos com um novo nascimento, vivemos sob leis diferentes e agimos por motivos diferentes.

Se voltarmos aos caminhos dos mundanos e formos contados com eles, temos renunciado o Concerto de Deus, a Promessa não é mais nossa e a herança eterna está em outras mãos. Não sabeis vós disto? No momento em que a igreja diz, "Serei como o mundo", condena a si mesma juntamente com o mundo. Quando os filhos de Deus viram as filhas dos homens, como elas eram belas, e tomaram como esposas todas aquelas que escolheram, então veio o Dilúvio e os varreu a todos [Gênesis 6:1-7]. Assim ocorrerá novamente, caso o mundo tome a igreja em seus braços ! então virá o juízo tremendo e, talvez, uma tempestade de fogo devorador.

A Promessa do Concerto e a herança do Concerto não são mais nossas se descemos ao mundo e abandonamos nosso jornadear com o Senhor. Além disso, caros amigos, nenhum bem pode advir de tentarmos nos conformar com o mundo. Suponhamos que a sugestão do servo houvesse sido acatada e Isaque houvesse descido à casa de Naor, qual teria sido o motivo? Poupar Rebeca da dor de separar-se de seus amigos e do incômodo da viagem. Se essas coisas fossem o bastante para evitar que ela viesse, que valor teria ela para Isaque? O teste da separação era completo e não deveria ser omitido, fossem quais fossem os meios. Ela seria uma esposa inferior, se não pudesse fazer uma jornada para chegar até seu esposo.

E todos os conversos que a igreja poderá fazer através do rebaixamentos dos padrões de sua doutrina e tornando-se mundana não valerão um vintém furado. Quando os recebermos, a próxima pergunta será, "Como nos livraremos deles?" Não serão de utilidade para nós aqui na terra. O número dos Israelitas que saíram do Egito foi inflado por um grande número de Egípcios das classes inferiores que saíram com eles. Sim, mas esta multidão mista tornou-se a praga de Israel no deserto e lemos que "a multidão mista caiu em luxúria". Os Israelitas eram maus o bastante, mas era a multidão mista quem sempre liderava a murmuração.

Por que há uma tal morte espiritual hoje? Por que a falsa doutrina é tão disseminada as nossas igrejas? É porque temos pessoas não santificadas na igreja e no ministério. A ânsia por números e especialmente a ânsia por arrolar pessoas respeitáveis tem adulterado muitas igrejas e tem-nas tornado frouxas na doutrina e prática e amantes de entretenimentos tolos. Há pessoas que desprezam as Reuniões de Oração mas se apressam para ver "esculturas de cera vivas" em seus salões de escola. Deus nos salve de conversos que são feitos através do rebaixamento de padrões e da adulteração da glória da Igreja! Não, não! Se Isaque deve ter para si uma esposa, esta sairá do Líbano e de seu descanso e não se importará com uma viagem em lombo de camelo. Os verdadeiros conversos não são intimidados pela Verdade ou pela santidade ! de fato, são essas coisas que os atraem.

Além disso, Abraão sentiu que não haveria razão para fazer com que Isaque descesse, pois o Senhor lhe havia assegurado uma esposa. Abraão disse "Ele enviará Seu anjo diante de ti, e tomarás de lá uma esposa para meu filho." Tendes medo de que a pregação do Evangelho não conquiste almas? Estás desanimado com relação ao sucesso em fazer as coisas à maneira de Deus? É por isso que vos entristeceis, almejando uma melhor oratória? É por isso que precisais ter música, e arquitetura, e flores, e adornos? Afinal, é pelo poder e força, e não pelo Espírito de Deus? Realmente é assim na opinião de muitos.

Amados irmãos, há muitas coisas que posso permitir a outros adoradores, as quais tenho negado a mim mesmo na liderança da adoração desta congregação. Por longo tempo tenho desempenhado diante dos vossos próprios olhos o experimento da atratividade do Evangelho de Jesus, sem a necessidade de auxílios. Nosso culto é severamente simples. Nenhum homem vem até aqui para gratificar os olhos com arte ou seus ouvidos com música. Tenho colocado diante de vós, através de todos esses anos, nada além de Cristo crucificado e a simplicidade do Evangelho. E ainda assim, onde poderíeis achar tal multidão como a que se encontra aqui nesta manhã? Onde poderíeis encontrar uma multidão tal qual a que aqui se congrega, sábado após sábado, por trinta e cinco anos?

Tenho vos mostrado nada além da Cruz, a Cruz sem as flores do oratório. A Cruz sem as luzes azuis da superstição ou da excitação. A Cruz sem os diamantes da hierarquia eclesiástica. A Cruz sem as escoras da ciência arrogante. A Cruz é suficientemente abundante para atrair homens, primeiro a si própria e depois, para a vida eterna! Nesta casa, temos provado, ao longo destes muitos anos, esta grande Verdade de Deus ! o Evangelho pregado em simplicidade conquistará uma audiência, converterá pecadores e edificará e susterá uma Igreja. Imploramos ao povo de Deus para que notem que não existe qualquer necessidade de tentarmos experiências duvidosas e métodos questionáveis. Deus ainda salvará através do Evangelho ! apenas permitais que seja o Evangelho em sua pureza.

Esta grande e velha espada cortará a espinha dorsal do homem e repartirá uma rocha em duas. Por que, então, realiza tão pouco de sua antiga obra de conquista? Eu vos direi. Vêem esta bela bainha, obra de artistas, tão maravilhosamente elaborada? Muitos mantêm a espada nesta bainha e, desta forma, seu fio nunca alcança o objeto de sua obra. Desembainhai-a. Lançai esta preciosa bainha no Hades e vereis como, nas mãos do Senhor, esta gloriosa espada de dois gumes ceifará os campos de homens, assim como os ceifeiros cortam a erva com suas foices. Não há necessidade de ir ao Egito em busca de auxílio. Convidar o diabo para ajudar a Cristo é vergonhoso. Pela graça de Deus, ainda vereis prosperidade, quando a Igreja de Deus decidir nunca agir, a não ser da maneira do próprio Deus.

V. E agora, finalmente, observai sua justa absolvição de seu servo. "Se a mulher, porém, não quiser seguir-te, serás livre deste meu juramento; somente não faças lá tornar a meu filho."

Quando estivermos em nosso leito de morte, se houvermos pregado fielmente o evangelho, a nossa consciência não nos acusará de havermos nos mantido fiéis a ele ! não lamentaremos o fato de não havermos desempenhado o papel de tolo ou político, de forma a aumentar a nossa congregação. Oh, não! Nosso Mestre nos dará completa absolvição, mesmo se poucos tenham se congregado, desde que tenhamos sido fiéis a Ele. "Se a mulher, porém, não quiser seguir-te, serás livre deste meu juramento; somente não faças lá tornar a meu filho." Não tenteis estratagemas que serão uma desonra para religião. Mantende a simplicidade do Evangelho. E, se as pessoas não forem convertidas por ele, estareis livres.

Meus caros ouvintes, quanto eu gostaria de vê-los salvos! Mas eu não trairia o meu Senhor, mesmo se fosse para ganhar as vossas almas, se elas pudessem ser ganhas desta forma. O verdadeiro Servo de Deus é responsável pela diligência e fidelidade; mas não é responsável pelo sucesso ou insucesso. Os resultados estão nas mãos de Deus. Se aquela querida criança em vossa classe não se converter, apesar de haverdes apresentado diante dela o Evangelho de Jesus Cristo com diligência amorosa, em oração, não ficareis sem recompensa. Se prego, do íntimo de minha alma, a grande Verdade de Deus, de que a fé no Senhor Jesus Cristo salvará meus ouvintes ! e se os persuado e insisto com eles a crerem em Jesus, de forma a terem a vida eterna ! se não fizerem isto, seu sangue cairá sobre as suas próprias cabeças.

Quando voltar para junto de meu Mestre, se houver pregado fielmente a Sua mensagem da Graça sem preço e do amor que O levou à morte, estarei limpo. Tenho orado freqüentemente para que possa ser capaz de dizer pelo menos o que George Fox pôde dizer de forma tão verdadeira ! "Estou limpo, estou limpo!" É a minha mais alta ambição estar limpo do sangue de todos os homens. Tenho pregado a Verdade de Deus até onde a conheço e não tenho sido envergonhado por suas peculiaridades. Para que não obscureça meu testemunho, tenho me mentido afastado daqueles que erram em relação à fé e até mesmo daqueles que se associam a eles. O que mais posso fazer para ser honesto convosco? Se, depois de tudo, os homens não aceitarem a Cristo e Seu Evangelho e Seu domínio, isso é com eles próprios.

Se Rebeca não houvesse vindo a Isaque, teria perdido seu lugar na santa linhagem. Meu amado ouvinte, vais aceitar a Jesus Cristo ou não? Ele veio ao mundo para salvar pecadores e a ninguém rejeita. Vais aceitá-Lo? Confiarás nEle? "Todo aquele que crer e for batizado, será salvo" [Marcos 16:16]. Crerás nEle? Serás batizado em Seu nome? Se sim, a salvação é tua. Mas, se não, Ele mesmo disse, "Aquele que não crer, será condenado." .

Oh, não vos exponhais a esta condenação! Ou, se esta vier sobre vós ! quando o Grande Trono Branco for visto nos céus e o Dia da Ira chegar ! fazei justiça a mim e reconhecendo que implorei a vós para que fugissem para Jesus e que não vos diverti com teorias inovadoras. Não vos trouxe nem flauta, harpa, trombone, saltério, dulcimer, nem qualquer outro tipo de música para agradar a vossos ouvidos. Coloquei diante de vós a Cristo, e insisti para que cressem e vivessem.

Se vos recusais a aceitar a substituição de Cristo, tendes recusado Sua própria misericórdia. Livrem-me naquele dia de toda cumplicidade com invenções e novidades de homens desiludidos. Quanto ao meu Senhor, oro para que me conceda a graça de ser fiel até o fim, tanto à Sua verdade quando às vossas almas. Amém.

Fonte: http://www.spurgeongems.org/pdf

 

publicado por cleudf às 23:01 link do post
sinto-me: Feliz com Jesus
música: Air - Bach
27 de Janeiro de 2009

  

 

Houve época em que o simples fato de optar pela religiăo evangélica equivalia a colocar a cabeça a prêmio. No século 15, Carlos V, o imperador espanhol, queimou milhares de evangélicos em praça pública. Seu filho, Filipe II, vangloriava-se de ter eliminado dos países baixos da Europa cerca de 18 mil "hereges protestantes". Para fugir da perseguiçăo implacável, outros milhares de cristăos foram para a Inglaterra. Dentre eles, estava a família de Charles Haddon Spurgeon (1834-1892), o homem que se tornaria um dos maiores pregadores de todo o Reino Unido. Charles obteve tăo bom resultado em seu ministério evangelístico que, além de influenciar geraçơes de pastores e missionários com seus sermơes e livros, até hoje é chamado de Príncipe dos pregadores.

 

 

- Spurgeon era filho e neto de pastores que haviam fugido da perseguiçăo. No entanto, somente aos 15 anos, ocorreu seu verdadeiro encontro com Jesus. Segundo os livros que contam a história de sua vida, Spurgeon orou, durante seis meses, para que, "se houvesse um Deus", Este pudesse falar-lhe ao coraçăo, uma vez que se sentia o maior dos pecadores. Spurgeon visitou diversas igrejas sem, contudo, tomar uma decisăo por Cristo.

Certa noite, porém, uma tempestade de neve impediu que o pastor de uma igreja local pudesse assumir o púlpito. Um dos membros da congregaçăo - um humilde sapateiro - tomou a palavra e pregou de maneira bem simples uma mensagem com base em Isaías 45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra. Desprovido de qualquer experiência, o pregador repetiu o versículo várias vezes antes de direcionar o apelo final. Spurgeon năo conteve as lágrimas, tamanho o impacto causado pela Palavra de Deus.

 

 

- Após a conversăo, Spurgeon começou a distribuir folhetos nas ruas e a ensinar a Bíblia na escola dominical para crianças em Newmarkete Cambridge. Embora fosse jovem, Spurgeon tinha rara habilidade no manejo da Palavra e demonstrava possuir algumas características fundamentais para um pregador do Evangelho. Suas pregaçơes eram tăo eletrizantes e intensas que, dois anos depois de seu primeiro sermăo, Spurgeon, entăo aos 20 anos, foi convidado a assumir o púlpito da Igreja Batista de Park Street Chapel, em Londres, antes pastoreada pelo teólogo John Gill. O desafio, entretanto, era imenso. Afinal, que chance de sucesso teria um menino criado no campo (Anteriormente, Spurgeon pastoreava uma pequena igreja em Waterbeach, distante da capital inglesa), diante do púlpito de uma igreja enorme que agonizava?

Localizada em uma área metropolitana, Park Street Chapel havia sido uma das maiores igrejas da Inglaterra. No entanto, naquele momento, o edifício, com 1.200 lugares, contava com uma platéia de pouco mais de cem pessoas. A última metade do século 19 foi um período muito difícil para as igrejas inglesas. Londres fora industrializada rapidamente, e as pessoas trabalhavam durante muitas horas. Năo havia tempo para as pessoas se dedicarem ao Senhor. No entanto, Spurgeon aceitou sem temor aquele desafio.

 

 

Havia ali um grupo de fiéis que nunca cessou de rogar a Deus por um glorioso avivamento. No início, eu pregava somente a um punhado de ouvintes. Contudo, năo me esqueço da insistência das suas oraçơes. As vezes, parecia que eles rogavam até verem a presença de Jesus ali para abençoá-los. Assim desceu a bênçăo, a casa começou a se encher de ouvintes e foram salvas dezenas de almas, lembrou Spurgeon alguns anos depois.

Nos anos que se seguiram, o templo, antes vazio, năo suportava a audiência, que chegou a dez mil pessoas, somada a assistência de todos os cultos da semana. O número de pessoas era tăo grande que as ruas próximas à igreja se tomaram intransitáveis. Logo, as instalaçơes do templo ficaram inadequadas, e, por isso, foi construído o grande Tabernáculo Metropolitano, com capacidade para 12 mil ouvintes. Mesmo assim, de três em três meses, Spurgeon pedia às pessoas, que tivessem assistido aos cultos naquele período, que se ausentassem a fim de que outros pudessem estar no templo para conhecer a Palavra.

Muitas congregaçơes, um seminário e um orfanato foram estabelecidos. Com o passar do tempo, Charles Spurgeon se tornou uma celebridade mundial. Recebia convites para pregar em outras cidades da Inglaterra, bem como em outros países como França, Escócia, Irlanda, País de Gales e Holanda. Spurgeon levava as Boas Novas năo só para as reuniơes ao ar livre, mas também aos maiores edifícios de 8 a 12 vezes por semana.

Segundo uma de suas biografias, o maior auditório em que pregou continha, exatamente, 23.654 pessoas: este imenso público lotou o Crystal Palace, de Londres, no dia 7 de outubro de 1857, para ouvi-lo pregar por mais de duas horas.

 

 

o amor de Spurgeon pelas pessoas.

Importância - O amor de Spurgeon tinha raízes. Casou-se em 20 de setembro de 1856 com Susannah Thompson e teve dois filhos, os gêmeos năo-idênticos Thomas e Charles. Fazíamos cultos domésticos sempre; quer hospedados em um rancho nas serras, quer em um suntuoso quarto de hotel na cidade. E a bendita presença do Espírito Santo, que muitos crentes dizem ser impossível alcançar, era para nós a atmosfera natural. Vivíamos e respirávamos nEle, relatou, certa vez, Susannah.

A importância de Charles Haddon Spurgeon como pregador só encontra parâmetros em seus trabalhos impressos. Spurgeon escreveu 135 livros durante 27 anos (1865-1892) e editou uma revista mensal denominada A Espada e a Espátula. Seus vários comentários bíblicos ainda săo muito lidos, dentre eles: O Tesouro de Davi (sobre o livro de Salmos), Manhă e Noite (devocional) e Mateus - O Evangelho do Reino. Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692 pessoas. Na ocasiăo em que ele morreu - 11 de fevereiro de 1892 -, seis mil pessoas leram diante de seu caixăo o texto de Isaías 45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra.

 As pessoas que ouviam Spurgeon, naquela época, faziam consideraçơes sobre ele que deixariam qualquer evangélico orgulhoso. O jornal The Times publicou, certa ocasiăo, a respeito do pastor inglês: Ele pôs velha verdade em vestido novo. Já o Daily Telegraph declarou que os segredos de Spurgeon eram o zelo, a seriedade e a coragem. Para o Daily Chronicle, Charles Spurgeon era indiferente à popularidade; um gênio, por comandar com maestria, uma audiência. O Pictorial World registrou o amor de Spurgeon pelas pessoas.

Fonte: Revista graça online

 

 

 

publicado por cleudf às 17:27 link do post
sinto-me: Decepcionada, mas não derrotad
música: BACH
24 de Janeiro de 2009

 

 

Amanda Berry Smith (23 de janeiro de 1837- 24 de fevereiro de 1915) era uma  ex-escrava que se tornou uma inspiração para milhares de mulheres tanto negra como branca.  Ela nasceu em Long Green, Maryland, uma pequena cidade em Baltimore County.  Seu pai chamava-se Samuel Berry enquanto o nome da sua mãe foi Mariam.  Seu pai, um escravo, trabalhou durante anos na noite e após um longo dia de trabalho de campo, ele teve de fazer vassouras e  tapetes para pagar a liberdade para  toda a sua família, de 7.

 Infância

 Amanda aprendeu a ler, cortando as letras grandes dos  jornais e pedia a sua mãe para transformá-las em palavras.  Quando tinha treze anos, tendo apenas três meses e meio de escolaridade formal, Amanda passou a trabalhar perto de York, Pensilvânia, como o empregada de uma viúva com cinco filhos.  Embora negra, ela assistiu, com esta viúva, um culto na  Igreja Metodista Episcopal. Logo após aceitou a Cristo e entregou-se ao serviço da Igreja. Converte-se ao Santo Evangelho de Cristo em 1856.

  Ela trabalhou duro como cozinheira e  lavadeira afim de sustentar- se e sua filha depois que seu marido foi morto na Guerra Civil Americana.  A oração tornou-se um modo de vida para ela. Como ela confiava em Deus, orava incessantemente para Deus suprir suas necessidades. Já chegou a vender seus  sapatos para juntar o dinheiro para comprar sua liberdade, das irmãs e comida para a família dela.  Ela se tornou conhecida por sua bela voz e, portanto, as oportunidades para evangelizar, no Sul e Oeste se abriram para ela.  Sempre que ela viajava, ela usava um gorro marrom ou preto, e ela carregava a sua própria bolsa de viagem (mala).

 Em 1876, ela foi convidada a pregar e cantar na Inglaterra, viajando na primeira classe em uma cabine fornecida por seus amigos.  O capitão convidou-a a realizar um serviço religioso a bordo, e ela era tão modesta, que os outros passageiros fizeram propagação de sua palavra e resultou em sua estadia na Inglaterra e Escócia, por um ano e meio.  Após sua visita, ela retornou à sua pátria e, eventualmente, fundaram a Amanda Smith Órfãos' Home Africano-Americano para as crianças em um subúrbio de Chicago.  Ela continuou a visitar várias nações e ganhou uma reputação como "Deus da imagem esculpida em ébano".

Doze anos depois, ela foi instruída acerca da plenitude do Espírito Santo nas vidas dos servos de Deus, pela instrumentalidade do Dr. John Inskip, então avivalista e evangelista, também famoso líder do movimento renovador no século passado. Imediatamente se convenceu da necessidade dessa graciosa experiência na sua própria vida. Estas são suas palavras:

"Comecei a buscar a plenitude do Espírito Santo. Perguntei a um velho diácono o verdadeiro sentido das palavras "puros de coração". - "Filha, - disse-me ele- a pureza de coração vem, com o domínio do Espírito Santo de DEus, que nos convence do pecado, fa justiça e do juízo".

Voltei a casa sentindo mais fome e sede de justiça. Ao convencer-me, porém, da realidade do estado de santidade através do revestimento do Espírito, senti-me plenamente justificada, ou melhor, segura da mediação de Cristo. Não tive mais dúvidas de que era aceita por Deus, de que era uma filha de Deus. Ao converter-me, tive a convicção de culpa e veio o perdão; ao sentir a necessidade de uma "vida mais abundante", veio o revestimento ou a plenitude completa do Espírito Santo de Deus. Esta segunda bênção veio mesmo como a desejei: DO PRÓPRIO DEUS. Lembrei-me das palavras do meu velho instrutor: "A santificação é obra do Espírito".

"Abri as Escrituras e li: "Esta é a vontade do Pai (a vossa santificação)." Anteriormente, quando me maltratavam ou me ofendiam e ameaçavam, eu reagia, quando devia entregar tudo a Deus; agora eu tenho a paz completa. Li outra vez: "Esta é a vontade do Pai (a vossa santificação)." Novamente ao ser consultado, o diácono amigo me explicou o sentido da mensagem contida no versículo: "Oh! Este deve ser o estado natural do povo de Deus enquanto vive neste mundo". Bem, eu queria viver e trabalhar para Deus; no entanto quando alguém, com idéias contrárias, afirmava que eu nunca atingiria essa vida plena senão depois da morte, então quis morrer e não viver...

"Mas Deus me iluminou o coração e cheguei à compreensão de uma entrega total, de uma eterna consagração ao Senhor. Tudo quanto eu possuia era uma bacia e uma tábua de lavar roupa; a minha escravidão e o seu contrapeso de mágoas, dissabores, tristezas e apreensões... Mas resolvi  ENTREGAR TUDO ao Deus que me queria, e quando o fiz, APOSSEI-ME, SIM, DA PLENITUDE TÃO DESEJADA!".

A sabedoria divina  tornou-se  tão patente na vida de Amandaa escrava, que ela veio a ser a mais livre das pessoas a quem a verdadeira LIBERDADE poderia atingir. Tornou-se uma das maiores pregadoras do Evangelho no seu tempo, sendo ouvida e consultada até por ministros e doutores em teologia. Certa ocasião, cinquenta desses homens, foram ouvi-la falar das suas experiências com Deus.

Sim. Ele não faz acepção de pessoas. O Santo Espírito pode encher tanto uma pobre escrava como Amanda Smith, quanto um fino advogado e prestimoso músico como Charles Finney; e tanto um Pedro covarde como um Paulo erudito.

São dela, a escrava Amanda, estas palavras:

"Podeis fazer a vossa consagração absolutamente COMPLETA e absolutamente PARA SEMPRE. Uma consagração temporária não merece resposta divina. Ela, essa entrega, deve deu TOTAL e absolutamente SINCERA, isto é, de TODO O CORAÇÃO. Eu entreguei  TUDO... e foi então que o ESPÍRITO SANTO VEIO E ENCHEU DE VEZ TODA A MINHA VIDA!"

 Sua autobiografia foi publicada em 1893.  Amanda Smith aposentou-se e foi para Sebring, Flórida, em 1912.

 

Fonte; Wikipédia, Enciclopédia Livre

            Vidas Poderosas - Enéas Tognini

publicado por cleudf às 00:19 link do post
música: Amazing Grace
sinto-me: Feliz com Jesus
21 de Janeiro de 2009

"TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE" Fp 4:13.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por cleudf às 10:30 link do post
21 de Janeiro de 2009

 

 

 

 

 

TRADUÇÃO DO DISCURSO DO PRESIDENTE BARACK OBAMA 

(Por Luiz Marcondes) 

 

"Meus co-cidadãos: estou aqui na frente de vocês me sentindo humilde pela tarefa que está diante de nós, grato pela confiança que depositaram em mim e ciente dos sacrifícios suportados por nossos ancestrais. Agradeço ao presidente Bush por seu serviço à nação, assim como também pela generosidade e cooperação que ele demonstrou durante esta transição.

Quarenta e quatro americanos já fizeram o juramento presidencial. As palavras já foram pronunciadas durante marés crescentes de prosperidade e nas águas tranqüilas da paz. Ainda assim, com muita freqüência o juramento é pronunciado em meio a nuvens que se aproximam e tempestades ferozes. Nesses momentos, a América seguiu em frente não apenas devido à habilidade e visão daqueles em posição de poder, mas porque Nós, o Povo, continuamos fiéis aos ideais de nossos fundadores e aos documentos de nossa fundação.

Tem sido assim. E assim deve ser com esta geração de americanos.

Que estamos no meio de uma crise agora já se sabe muito bem. Nossa nação está em guerra contra uma extensa rede de ódio e violência. Nossa economia está muito enfraquecida, uma conseqüência da ganância e irresponsabilidade por parte de alguns, mas também de nossa falha coletiva em fazer escolhas difíceis e em preparar a nação para uma nova era. Lares foram perdidos; empregos cortados; empresas fechadas. Nosso sistema de saúde é caro demais; nossas escolas falham demais; e cada dia traz mais provas de que a maneira como utilizamos energia fortalece nossos adversários e ameaça nosso planeta.

Esses são os indicadores da crise, sujeitos a dados e estatísticas. Menos mensurável, mas não menos profunda é a erosão da confiança em todo nosso país – um medo persistente de que o declínio da América seja inevitável e de que a próxima geração tenha que baixar suas expectativas.

Hoje, eu digo a você que os desafios que enfrentamos são reais. Eles são sérios e são muitos. Eles não serão encarados com facilidade ou num curto período de tempo. Mas saiba disso, América – eles serão encarados.

Neste dia, nos reunimos porque escolhemos a esperança no lugar do medo, a unidade de propósito em vez do conflito e da discórdia.

 

Neste dia, nós viemos proclamar um fim aos conflitos mesquinhos e falsas promessas, às recriminações e dogmas desgastados que por muito tempo estrangularam nossa política.

Ainda somos uma nação jovem, mas, nas palavras da Escritura, chegou a época de deixar de lado essas coisas infantis. Chegou a hora de reafirmar nosso espírito de resistência para escolher nossa melhor história; para levar adiante o dom preciso, a nobre idéia passada de geração em geração: a promessa divina de que todos são iguais, todos livres e todos merecem buscar o máximo de felicidade.

 

Ao reafirmar a grandeza de nossa nação, compreendemos que a grandeza nunca é dada. Ela deve ser conquistada. Nossa jornada nunca foi feita por meio de atalhos ou nos contentando com menos. Não foi um caminho para os de coração fraco – para aqueles que preferem o lazer ao trabalho, ou que buscam apenas os prazeres da riqueza e da fama. Em vez disso, foram aqueles que se arriscam, que fazem, que criam coisas – alguns celebrados mas com muito mais freqüência homens e mulheres obscuros em seu trabalho, que nos levaram ao longo do tortuoso caminho em direção à prosperidade e à liberdade.

 

Foi por nós que eles empacotaram suas poucas posses materiais e viajaram pelos oceanos em busca de uma nova vida.

Foi por nós que eles trabalharam nas fábricas precárias e colonizaram o Oeste; suportaram chicotadas e araram terra dura.

Foi por nós que eles lutaram e morreram em lugares como Concord e Gettysburg; Normandia e Khe Sahn. 

Muitas e muitas vezes esses homens e mulheres se esforçaram e se sacrificaram e trabalharam até que suas mãos ficassem arrebentadas para que nós pudéssemos viver uma vida melhor. Eles viram a América como sendo algo maior do que a soma de nossas ambições individuais; maior do que todas as diferenças de nascimento ou riqueza ou facção.

 

Esta é uma jornada que continuamos hoje. Nós ainda somos a mais próspera e poderosa nação da Terra. Nossos trabalhadores não são menos produtivos do que quando esta crise começou. Nossas mentes não são menos inventivas, nossos produtos e serviços não são menos necessários do que eram na semana passada ou no mês passado ou no ano passado. Nossa capacidade permanece inalterada. Mas nossa época de proteger patentes, de proteger interesses limitados e de adiar decisões desagradáveis – essa época com certeza já passou. A partir de hoje, temos de nos levantar, sacudir a poeira e começar de novo o trabalho para refazer a América.

 

Porque, em todo lugar que olhamos, há trabalho a ser feito. O estado da economia pede ação ousada e rápida, e nós iremos agir – não apenas para criar novos empregos, mas para estabelecer uma nova fundação para o crescimento. Iremos construir as estradas e as pontes, as linhas elétricas e digitais que alimentam nosso comércio e nos unem. Iremos restaurar a ciência a seu lugar de direito e utilizaremos as maravilhas tecnológicas para melhorar a qualidade da saúde e diminuir seus custos. Nós iremos utilizar a energia do sol e dos ventos e do solo para impulsionar nossos carros e fábricas. E iremos transformar nossas escolas e faculdades para que eles estejam à altura dos requisitos da nova era. Nós podemos fazer tudo isso. E nós faremos tudo isso.

 

Agora, existem algumas pessoas que questionam a escala de nossas ambições – que sugerem que nosso sistema não pode tolerar muitos planos grandiosos. A memória dessas pessoas é curta. Porque eles esquecem do que este país já fez; do que homens e mulheres livres pode conquistar quando a imaginação se une por um propósito comum e a necessidade se junta à coragem.

 

O que os cínicos não compreendem é que o contexto mudou totalmente – que os argumentos políticos arcaicos que nos consumiram por tanto tempo já não se aplicam. A questão que lançamos hoje não é se nosso governo é grande ou pequeno demais, mas se ele funciona – se ele ajuda famílias a encontrar trabalho por um salário justo, seguro-saúde que possam pagar, uma aposentadoria digna. Se a resposta for sim, iremos adiante. Se for não, programas acabarão. E aqueles dentre nós que gerenciam o dólar público serão cobrados – para que gastem de forma inteligente, consertem maus hábitos e façam seus negócios à luz do dia – porque só então conseguirmos restabelecer a confiança vital entre as pessoas e seu governo.

 

Nem a questão diante de nós é se o mercado é uma força positiva ou negativa. Seu poder para gerar riqueza e expandir a liberdade não tem paralelo, mas esta crise nos lembrou de que, sem um olho vigilante, o mercado pode perder o controle – e a nação não pode mais prosperar quando favorece apenas os prósperos. O sucesso de nossa economia sempre dependeu não apenas do tamanho de nosso Produto Interno Bruto, mas do alcance de nossa prosperidade; em nossa habilidade de estender a oportunidade a todos os corações que estiverem dispostos – não por caridade, mas porque esta é a rota mais certa para o bem comum.

 

Quanto à nossa defesa comum, nós rejeitamos como falsa a escolha entre nossa segurança e nossos ideais. Os Fundadores de Nossa Nação, que encararam perigos que mal podemos imaginar, esboçaram um documento para assegurar o governo pela lei e os direitos dos homens, expandidos pelo sangue das gerações. Esses ideais ainda iluminam o mundo, e nós não desistiremos deles por conveniência. Assim, para todos os outros povos e governos que estão assistindo hoje, da maior das capitais à pequena vila onde meu pai nasceu: saibam que a América é amiga de cada nação e de todo homem, mulher e criança que procura um futuro de paz e dignidade, e que estamos prontos para liderar mais uma vez.

 

 

Lembrem-se de que gerações que nos antecederam enfrentaram o fascismo e o comunismo, não apenas com mísseis e tanques, mas com alianças robustas e convicções duradouras. Eles compreendiam que o poder sozinho não pode nos proteger e nem nos dá o direito de fazer o que quisermos. Em vez disso, eles sabiam que nosso poder cresce pro meio de sua utilização prudente; nossa segurança emana da justiça de nossa causa, da força do nosso exemplo, das qualidades temperantes da humildade e do auto-controle.

 

Somos os guardiões desse legado. Mais uma vez, guiados por esses princípios, podemos encarar essas novas ameaças, que exigem esforços ainda maiores – ainda mais cooperação e compreensão entre nações. Nós começaremos a deixar o Iraque para seu povo de forma responsável, e forjaremos uma paz conquistada arduamente no Afeganistão. Com velhos amigos e ex-inimigos, trabalharemos incansavelmente para diminuir a ameaça nuclear e afastar a ameaça de um planeta cada vez mais quente. Nós não iremos nos desculpar por nosso estilo de vida, nem iremos vacilar em sua defesa, e para aqueles que buscam aperfeiçoar sua pontaria induzindo terror e matando inocentes, dizemos a vocês agora que nosso espírito não pode ser quebrado; vocês não podem durar mais do que nós, e nós iremos derrotá-los.

 

Porque nós sabemos que nossa herança multirracial é uma força, não uma fraqueza. Somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus – e de pessoas que não possuem crenças. Nós somos moldados por todas as línguas e culturas, trazidas de todos os confins da terra; e porque já experimentamos o gosto amargo da Guerra Civil e da segregação e emergimos desse capítulo sombrio mais fortes e mais unidos, não podemos evitar de acreditar que os velhos ódios um dia irão passar; que as linhas que dividem tribos em breve irão se dissolver; que, conforme o mundo fica menor, nossa humanidade em comum irá se revelar; e que a América deve desempenhar seu papel nos conduzir a essa nova era de paz.


Para o mundo muçulmano, nós buscamos uma nova forma de evoluir, baseada em interesses e respeito mútuos. Àqueles líderes ao redor do mundo que buscam semear o conflito ou culpar o Ocidente pelos males da sociedade – saibam que seus povos irão julgá-los pelo que podem construir, não pelo que podem destruir. Àqueles que se agarram ao poder pela corrupção, pela falsidade, silenciando os que discordam deles, saibam que vocês estão no lado errado da história; mas nós estenderemos uma mão se estiverem dispostos a abrir seus punhos.

Às pessoas das nações pobres, nós juramos trabalhar a seu lado para fazer com que suas fazendas floresçam e para deixar que fluam águas limpas; para nutrir corpos esfomeados e alimentar mentes famintas. E, para aqueles cujas nações, como a nossa, desfrutam de relativa abundância, dizemos que não podemos mais tolerar a indiferença ao sofrimento fora de nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do mundo sem nos importar com o efeito disso. Porque o mundo mudou, e nós temos de mudar com ele.

Enquanto pensamos a respeito da estrada que agora se estende diante de nós, nos lembramos com humilde gratidão dos bravos americanos que, neste exato momento, patrulham desertos longínquos e montanhas distantes. Eles têm algo a nos contar hoje, do mesmo modo que os heróis que tombaram em Arlington sussurram através dos tempos. Nós os honramos não apenas porque são os guardiões de nossa liberdade, mas porque eles personificam o espírito de servir a outros; uma disposição para encontrar um significado em algo maior do que eles mesmos. E ainda assim, neste momento – um momento que irá definir nossa geração – é exatamente esse espírito que deve estar presente em todos nós.

Por mais que um governo possa e deva fazer, é em última análise na fé e na determinação do povo americano que esta nação confia. É a bondade de acolher um estranho quando as represas arrebentam, o desprendimento de trabalhadores que preferem diminuir suas horas de trabalho a ver um amigo perder o emprego que nos assistem em nossas horas mais sombrias. É a coragem de um bombeiro para invadir uma escadaria cheia de fumaça, mas também a disposição de um pai para criar uma criança que finalmente decidem nosso destino.

Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com os quais as enfrentamos podem ser novos. Mas os valores dos quais nosso sucesso depende – trabalho árduo e honestidade, coragem e fair play, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo –, essas cosias são antigas. Essas coisas são verdadeiras. Elas foram a força silenciosa do progresso ao longo de nossa história. O que é exigido então é um retorno a essas verdades. O que é pedido a nós agora é uma nova era de responsabilidade – um reconhecimento por parte de todo americano, de que temos deveres para com nós mesmos, nossa nação e o mundo, deveres que não aceitamos rancorosamente, mas que, pelo contrário, abraçamos com alegria, firmes na certeza de que não há nada tão satisfatório para o espírito e que defina tanto nosso caráter do que dar tudo de nós mesmos numa tarefa difícil.

Esse é o preço e a promessa da cidadania.

Essa é a fonte de nossa confiança – o conhecimento de que Deus nos convoca para dar forma a um destino incerto.

Esse é o significado de nossa liberdade e nosso credo – o motivo pelo qual homens e mulheres e crianças de todas as raças e todas as fés podem se unir em celebração por todo este magnífico local, e também o porquê de um homem cujo pai a menos de 60 anos talvez não fosse servido num restaurante local agora poder estar diante de vocês para fazer o mais sagrado juramento.

Por isso, marquemos este dia relembrando quem somos e o quanto já viajamos. No ano do nascimento da América, no mês mais frio, um pequeno grupo de patriotas se reuniu em torno de fogueiras quase apagadas nas margens de um rio gélido. A capital foi abandonada. O inimigo avançava. A neve estava manchada de sangue. No momento em que o resultado de nossa revolução estava mais incerto, o pai de nossa nação ordenou que estas palavras fossem lidas ao povo: “Que seja contado ao mundo futuro... Que no auge de um inverno, quando nada além de esperança e virtude poderiam sobreviver... Que a cidade e o país, alarmados com um perigo em comum, se mobilizaram para enfrentá-lo..


América. Diante de nossos perigos em comum, neste inverno de nossa dificuldades, deixe-me lembrá-los dessas palavras imortais. Com esperança e virtude, vamos enfrentar mais uma vez as correntes gélidas e suportar as tempestades que vierem. Que os filhos de nosso filhos digam que, quando fomos colocados à prova, nós nos recusamos a deixar esta jornada terminar, que nós não demos as costas e nem hesitamos; e com os olhos fixos no horizonte e com a graça de Deus sobre nós, levamos a diante o grande dom da liberdade e o entregamos com segurança às gerações futuras.”

Fonte: G1- O Portal de Notícias/ JN 

 

 

publicado por cleudf às 00:15 link do post
20 de Janeiro de 2009

Hoje, 20 de janeiro de 2009, anuncia a "ERA BARACK OBAMA", o 44º Presidente da nação mais poderosa do mundo: ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, onde o Presidente foi eleito com a aprovação de 80% dos americanos.

 

Desde 1965, não havia tamanha manifestação de carinho e esperança, por um governante.  Uma numerosa multidão, anciosa para presenciar a posse oficial do Presidente. Estima-se o comparecimento de mais de 2. milhões de pessoas. O juramento ocorreu sobre a mesma Bíblia que Abraham Lincoln jurou, acrescentando a frase "Com a Ajuda de Deus" e o discurso do Presidente Barack Obama, foi inspirado pelo discurso de Abraham Lincoln, o qual, no próximo dia 12 comemoraria 200 anos.

 

O tema do discurso foi "O renascer da Liberdade".

Um princípio de concretização "de um sonho".

"Tudo posso Naquele que fortalece" Fp 4:13.

Sim.  Nós podemos.

 

 

 

"Uns confiam em carros, e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR" Sl 20:7

A escolha da "ESPERANÇA EM VEZ DO MEDO".

publicado por cleudf às 18:04 link do post
sinto-me: Esperançosa
20 de Janeiro de 2009

 

Embora tenhamos o nosso Deus como nosso "refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia"(Sl 46.1), o Deus sempre presente em todos os  momentos de nossas vidas, "e se o meu povo,  que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei seus pecados e sararei a sua terra" IICr 7:14, admiramos pessoas que, com seus exemplos de vida, suas lutas por seus ideais, a perseverança,  tornam-se referências aplicativas em nossas vidas.

  

Portanto, por nunca desistirmos dos NOSSOS SONHOS, oremos para que o governo do Presidente Barack Obama, com seu espírito de equidade, lutador, perseverante e vencedor, seja coroado de êxitos e que ele seja um instrumento de Deus diante da nação mais poderosa do mundo.

"Tudo posso Naquele que me fortalece"Fp 4:13.

 

S I M.    N Ó S     P O D E M O S.

 

 

 

SIM.  N Ó S     P O D E M O S.

 

 

 

Lincoln, lutou desde a sua infância e juventude, com persistência, otimismo, força de vontade, e, apesar das  derrotas na política, na vida, no entanto, Lincoln abria sua janela do otimismo e lutava, assim chegou a presidência dos EUA, 16º presidente. Com muitas derrotas, mas um vencedor, um guerreiro. Lincoln chegou a presidência dos EUA em meio ao crescente conflito entre os Estados do Norte e do Sul, que se enfrentavam em torno do problema da escravidão-abolicionista o norte, escravagista o sul. Apesar de todos os esforços do novo presidente para preservar a União, os confederados abriram fogo contra Fort Summer, na Carolina do Sul, 21/091861. Era o início da guerra civíl. Lincoln, promulgou a Proclamação da escravatura em 1963, mas a abolição efetiva da escravidão só adquiriria caráter definitivo com a 3 emenda da constituição, assinada pelo presidente em fevereiro de 1865, qdo a vitória do norte e a consequente unidade nacional já estavam asseguradas. O assassinato de Lincoln, em abril de 1865, impediu seu objetivo máximo:solidificar a Uniao. Mas ele sempre será lembrado por enfrentar a questão moral da guerra e se consagrar ao significado da democracia e da liberdade humana. Era um homem simples, rude, filho de lenhador, amava ler, formou-se em Direito, casou-se, teve 4 filhos em vida perdeu 2 filhos um com 4 anos e outro com 11 anos, Um ano após a morte do seu filho, perdeu outro filho aos 18 anos. Poderia ficar deprimido com derrotas políticas, mas, era inteligente, e renascia com um espírito de luta mais forte ainda.

 
Abraham Lincoln nasceu em 1809 no Estado de Kentucky, no sul dos Estados Unidos. Filho de um homem da fronteira, teve que lutar para sobreviver, com esforços para estudar enquanto trabalhava em uma fazenda e dirigia uma loja em Illinois.

Lincoln foi capitão contra um levante dos índios, passou oito anos na Assembléia Legislativa do Estado de Illinois, no norte do país, e exerceu advocacia por muitos anos no circuito de tribunais.

Em 1858, Lincoln concorreu contra Stephen A. Douglas para o Senado. Ele perdeu a eleição. Mas no debate com Douglas ganhou uma reputação nacional que lhe valeu a indicação republicana para a disputa presidencial em 1860, que ele venceu com facilidade, devido ao colapso do Partido Democrata, decorrente da crise entre norte e sul em torno da escravidão (o norte era contra, e o sul, a favor).

Lincoln alertou o sul em seu discurso de posse: "em suas mãos, meus compatriotas insatisfeitos, e não nas minhas, se encontra esta questão momentosa da guerra civil". Para ele, a secessão era ilegal. Ele estava disposto a usar a força para defender a lei federal e a União. Quando as baterias dos confederados dispararam contra o Forte Summer e forçaram sua rendição, ele pediu aos estados 75 mil voluntários. Foi o início da Guerra Civil.

Como presidente, ele transformou o Partido Republicano em uma forte organização nacional, atraindo democratas do Norte para a causa da União. Em 1º de janeiro de 1863 ele divulgou a Proclamação da Emancipação que declarava a libertação dos escravos.

Na inauguração do cemitério militar em Gettysburg, Lincoln declarou: "Que todos nós aqui presentes solenemente admitamos que esses homens não morreram em vão, que esta Nação, com a graça de Deus, venha gerar uma nova liberdade, e que o governo do povo, pelo povo e para o povo jamais desaparecerá da face da terra".

Ele venceu a reeleição em 1864, enquanto os triunfos militares da União prenunciavam o fim da guerra. Em seus planos para a paz, o presidente era flexível e generoso, encorajando os sulistas a baixarem suas armas e voltarem à União. O espírito que o guiava era claramente o de seu segundo discurso de posse, atualmente gravado em uma parede do Memorial de Lincoln em Washington, DC:

"Sem malícia contra ninguém; com caridade para com todos; com firmeza no correto, que Deus nos permita ver o certo, nos permita lutar para concluirmos o trabalho que começamos; para fechar as feridas da nação..."
 

Em 14 de abril de 1865, uma sexta-feira santa, Lincoln foi assassinado no Teatro Ford em Washington por John Wilkes Booth, um ator que achava estar ajudando o Sul. O resultado foi o oposto pois, com a morte de Lincoln, morreu a possibilidade de paz com magnanimidade.

 

 

ABRAHAM  LINCOLN

publicado por cleudf às 11:19 link do post
música: amazing grace
sinto-me: Esperançosa
16 de Janeiro de 2009

 

 BARACK OBAMA - Ventos de mudança, brisa de esperança. O despontar de uma nova era.

Seja benvindo Presidente!

"Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti" Is.60-1.

 

 

 

Divulgação

Barack Obama elegeu-se presidente dos Estados Unidos em novembro de 2008

 

Filho do queniano Barack Obama, e da norte-americana Ann Dunham, Barack Hussein Obama Jr. , nasceu em 04 de agosto de 1961, em Honolulu, Havaí. Passou parte da infância no Havaí e na Indonésia, para onde sua mãe se mudou depois de divorciar-se do pai e se casar novamente. Aos dez anos, porém, o menino retornou ao Havaí, onde viveu sob os cuidados dos avós maternos.

 

Adolescente, mudou-se para Nova York onde cursou ciências políticas na Universidade Colúmbia. A seguir, graduou-se também em direito pela Universidade de Harvard. Iniciou sua carreira política na cidade de Chicago, Illinois, onde foi líder comunitário e professor de direito constitucional. Casou-se em 1992 com Michelle e tem duas filhas, Malia e Sasha.

Em 1996, foi eleito para o Senado de Illinois (órgão do poder Legislativo local), onde permaneceu até 2004. Em 2000, tentou sem sucesso eleger-se para a House of Representatives, que equivale à Câmara dos Deputados do Congresso norte-americano. Quatro anos mais tarde, foi eleito para o Senado dos Estados Unidos, pelo Partido Democrata, assumindo seu mandato em 4 de janeiro de 2005.

No Senado, Obama integrou diversas comissões e obteve destaque por sua atuação, o que lhe permitiu postular a candidatura à Presidência da República, em fevereiro de 2007. Em campanha, sua plataforma se compõe de três elementos essenciais: o fim da guerra do Iraque, a obtenção da auto-suficiência energética dos Estados Unidos e a universalização dos serviços de saúde no país.

Para tornar-se o candidato oficial dos democratas, contudo, Barack Obama precisou vencer a outra postulante do Partido, a senadora Hillary Clinton, numa disputa acirrada, que quase provocou estragos aos próprios democratas na corrida presidencial.

 

Em julho de 2008, a campanha de Obama ganhou cenário internacional: o candidato foi ao Afeganistão, ao Iraque, Jordânia e Israel, bem como à Inglaterra, França e Alemanha. Na capital deste último país, Berlim, Obama reuniu cerca de 200 mil pessoas para ouvi-lo.

A partir das evidências de que a economia norte-americana entrava numa crise de proporções ainda não dimensionadas, o que desgastou definitivamente o presidente George W. Bush e o Partido Republicano, Obama começou a se impor sobre o adversário John McCain nas pesquisas de opinião pública.

Em novembro, Obama venceu o concorrente e foi eleito o 44o presidente dos Estados Unidos, sendo aclamado como o primeiro negro a governar o país. Mas o próprio Obama deixa claro que essa questão racial é secundária. Em suas palavras: "Não há uma América negra e uma América branca e uma América latina e uma América asiática. Há os Estados Unidos da América".

Para seus simpatizantes, Obama é um político único e estimulante como o presidente John F. Kennedy e não há dúvida de que exibe um carisma semelhante ao de Kennedy. Por outro lado, seus adversários o acusam de ser nada mais que um orador eloqüente, de idéias ingênuas e políticas econômicas que tendem ao socialismo.

Também se fala da inexperiência de Obama, particularmente nas questões internacionais mais tensas, como o papel dos Estados Unidos no Iraque. Para compensar essa situação, foi escolhido como vice-presidente Joe Biden, senador por Delaware, um dos políticos há mais tempo em atividade no Congresso norte-americano, com seis mandatos no Senado.

 


Em O Deus de Barack Obama, Stephen Mansfield apresenta um retrato do primeiro democrata negro candidato a presidente dos EUA, eleito para um dos mais importantes cargos do mundo no dia 5 de novembro. Saiba como a fé o motiva e como seu papel de liderança está ligado à visão religiosa que conduz sua vida. Descubra também o cristão Barack Obama e como ele representa a mudança no relacionamento entre a fé e a política.

“Um livro bem escrito que mostrará a paixão de Barack Obama por justiça e equidade.” Arcebispo Desmond Tutu

 

 

Barack Obama é a nova “estrela” da política americana, o rosto do futuro do partido democrata. E sua fé religiosa é o combustível de tudo que conquistou e fonte de grandes desafios na bem-sucedida busca da presidência.

 

Porém, a crença de Obama é mais do que de importância política. Ele está ajudando a dar voz à importância religiosa na cultura americana. Ele está também simbolizando uma nova geração. De forma importante, Obama está clamando por uma nova era de harmonia racial, uma harmonia que ele exemplifica como filho de um negro africano com uma mãe branca americana.

 

Em O Deus de Barack Obama, Stephen Mansfield procura entender quem Obama é e como ele vai liderar, prevendo que Obama será um diferencial na política americana nas próximas décadas. Este livro serve como um guia essencial do personagem principal de uma das mais importantes histórias de fé do nosso tempo.


Trinity United Igreja de Cristo é uma predominantemente igreja negra com mais de 8.500 membros, localizado no lado sudeste de Chicago. É a maior igreja filiada com o Reino da Igreja de Cristo, uma  denominação cristã com raízes nos congregacionalismo,  ramificada com o puritanismo americano..

 No início de 2008, como parte da sua eleição presidencial cobertura, empresas de mídia e notícias, comentarista político, trouxe Trinity a atenção nacional quando controversa trechos de sermões da Igreja por 36 anos de pastor Jeremiah Wright foram transmitidos para destacar o candidato Democrata presidencial Barack Obama  relacionando-o com a igreja.  Obama respondeu com um discurso, uma União mais Perfeita, o que diminuiu algumas das críticas em relação .a Igreja.

 A história da Igreja coincidiu com o movimento americano dos direitos civis, posterior a morte de Martin Luther King, Jr., e as turbulências que entraram na circulação após a sua morte.  Durante esse período tumultuoso, um grande afluxo de radicais mulçumanos. Os grupos negros tinham começado a sede em Chicago, e Trinty procurou recontextualizar o  cristianismo através da libertação da teologia negra, a fim de ganhar de volta negros que estavam sendo assassinados por líderes islâmicos radicais preto que era impossível tanto ser preto e cristão. Trindade é hoje mais conhecido por seu nome em programas sociais dos mais desfavorecidos, tanto a nível nacional e internacional, embora nos seus primórdios dessa proximidade, nem sequer figura na sua missão. 

 Os padrões de migração entre os dois negros e brancos são uma parte importante do contexto social em que foi fundada Trinity. A Outra é a ameaça de que radicais Negro nacionalismo e Black Islão foram colocados ao cristianismo da influência entre os negros de Chicago, assim como negros nacional.  Com estes movimentos, Chicago ganhou terreno entre os negros, Trindade procurou transformar a atenção dos negros de volta ao cristianismo.

 

1910 até 1940

Chicago's Black Belt, April 1941. Chicago's Black Belt, abril 1941.

 Começando em torno de 1910, a grande migração do Africano americanos.  Ocorreu com muitos milhares de negros que migraram do sul em direção ao norte.  Uma grande parte liquidada em Chicago's Southside.  Quando eles chegaram, eles trouxeram com eles as formas de cristianismo que tinham praticado no sul do país.  Tal como no resto dos Estados Unidos, Chicago negros do tempo enfrentou graves discriminações em geral todas as áreas da sua existência.

 No início da década de 1930, Nação do Islã líder Elijah Muhammad movida a embrenhar a sua religião, da sua sede de Detroit para Chicago. Misturando elementos da Bíblia e do Alcorão, Elijah Muhammad ensinou que os africanos estavam a terra primeiro e eram os mais importantes das pessoas.  Ele profetizou que uma vez, quando estava chegando, que americanos africanos estariam plenamente justificado, lançado a partir de suas diversas opressões, e levados para a plena liberdade no seio da sua própria situação geográfica.  Para que isto se efetivasse, no entanto, Elijah Muhammad ensinou que negros tinham o direito iguais a todos os brancos. Além disso, ele proclamou que os negros deveriam viver uma vida moral diferenciada. 

 Até a década de 1940, a Nação do Islã radical da mensagem tinha chamado  milhares de negros de Chicago, muitos que tinham convertido a partir de uma das formas do cristianismo trouxe sua tradição e doutrina do sul de Chicago (ver Trinity em perspectiva comparativa, a seguir, para uma discussão das várias formas) .

 

 

 

 

 

 

 Fundadores

 Foi dentro do contexto social que entrou em vigor em Trindade.

 

 1961 até 1966: sob Kenneth B. Smith

 Trinity marca o seu início em 3 de dezembro de 1961, quando doze famílias negras de classe média, a maioria descendentes de migrantes que foram para Chicago durante a Grande Migração dos Africanos americanos, reuniu-se para o culto em uma escola ginásio de Chicago.  Antes da recente migração para os subúrbios de brancos, os negros tinham dificuldade de passar em subúrbios de classe média em Chicago, devido a habitação segregadas de padrões e a discriminação . No momento da reunião de Dezembro, 3, Chicago's Halsted Street, foram marcados com a "linha da cor".

 

  Kenneth B. Smith, foi o primeiro pastor de Trinity.  Tinha sido nomeado pela Congregacional Christian de Chicago e Association dos Estados Unidos da Igreja de Cristo (formada apenas em 1957) para expandir a denominação em direção do sul de Chicago, onde negros, recentemente começaram a migrar do "Black Belt "de Chicago's South Side ao sul das zonas urbanas. Mas os brancos tinham imigrado recentemente para os subúrbios.  A visão expressa da Associação foi o de levantar uma igreja de negros de classe média, que viria a fundir com uma congregação de suburbanos de brancos e negros e os brancos seriam os co-pastores, em outras palavras, uma visão explicitamente integracionista com objetivos. Dois sucessos Africano-Americano de Igrejas Congregacional, Bom Pastor e Parque Manor, tinha sido iniciada no início do século 20.  Smith entrou para o novo projeto da igreja, na verdade, de um associado pastorato no Parque Manor.

 Embora a visão tenha sido ousada para a época, e apesar de uma visão semelhante foi seguida por outras bolsas de negros, tanto dentro como fora de Chicago, ao mesmo tempo produzidos apreensão dentro da Trindade upwardly móveis  de negros, uma vez que alguns negros, em Chicago tiveram seus casas queimadas por transgredir a cor linha.  Além disso, a visão não conseguiu resolver os muitos negros que ainda eram incapazes de chegar a mobilidade ascendente, que ainda estão no South Side, aqueles  projetos do outro lado da Halsted Street, negros que não figurava na Associação da visão, porque foram  considerados "o tipo certo de pessoas negras". Consideravelmente mais tarde, a primeira conferência African American ministro do Reino Unido da Igreja de Cristo, o Rev. Dr. W. Sterling Cary, discutiu o desinteresse da Associação em mais pormenor.  Ele explicou, "Historicamente, a Associação tenha feito esforços especiais para procurar" elevado potencial nas "igrejas dentro da comunidade negra", ele disse que eram entendidas como grupos de negros provavelmente dispostos a ser culturalmente assimilado nas várias formas de culto e as funções do Chicago Associação Congregação Cristã, com seu forte puritanismo .   Historiadora religiosa americana Julia Speller resume: "Foi esta realidade racial que houve o plantio de Trindade, na zona sul de Chicago.

 Com a visão da igreja continuam a amadurecer, Kenneth B. Smith permaneceu como pastor e levaram a congregação a continuar a crescer, embora salientando duas coisas.  Em primeiro lugar, ele disse que a igreja não seria filiada a nenhum   branco,  desde sua congregants com um senso de unidade e propósito dentro da principal tradição religiosa da América (ver Origens do Unidos Igreja de Cristo).  Em segundo lugar, a congregação começou a encontrar um espírito aparentado com o compromisso com a denominação da justiça e da igualdade, como congregante ativismo começou a surgir. Smith apontou para o mar a partir de Selma para Montgomer em 1965 ao abrigo do Martin Luther King Jr., como um evento que alimentaram esse ativismo, notando como sua congregants teve sinais positivos,  juntou uma área de Chicago, em  solidariedade  aos negros do sul. No entanto, Speller observa que a preocupação da congregação para os direitos de voto dos negros do sul "se situava em gritante contraste com os seus óbvios ponto cego da Associação posição da igreja em crescimento entre os Africano-Americanos, em Chicago que apoiou a igreja em uma só de classe média ".

 Esse período da Igreja culminou quando planos de se fundir com um branco através da congregação não correspondeu à altura-"brancos não estavam muito interessados na integração",   Jason Byassee, líder do grupo e da congregação mudou-se para sua primeira igreja em 1966 . Duzentos assentos, foram localizados entre a crescente comunidade do sul de Chicago's negros de classe média, a leste da cor linha. Entretanto, a Associação continuou seu impulso para a Igreja a centrar-se em direção ao ministério de negros de classe média.  Depois de sair de Trindade, Smith iria  tornar-se pastor da Igreja Bom Pastor (acima) e presidente do Seminário Teológico de Chicago.

 

Fonte: Uol Educação; Wikipédia, Enciclopédia livre; Stephen Mansfield, O Deus de Barack Obama

publicado por cleudf às 10:03 link do post
sinto-me: Esperançosa
música: Sou feliz com Jesus
13 de Janeiro de 2009

John Wesley (Epworth, Inglaterra17 de junho de 1703 —Londres, 2 de março de 1791) foi um clérigo anglicanoteólogo cristão britânico, líder precursor do movimento metodista.

Ficheiro:John Wesley.jpg

John Wesley viveu na Inglaterra do século XVIII, uma sociedade conturbada pela Revolução Industrial, onde crescia muito o número de desempregados. A Inglaterra estava cheia de mendigos itinerantes, políticos corruptos, vícios e violência generalizada. O cristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral. Dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralisante da religião cristã, sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford, depois como líder no meio do povo.

John Wesley, décimo terceiro filho do ministro anglicano Samuel e de Susana Wesley, nasceu a 17 de junho de 1703, em Epworth na Inglaterra.

Devido às atividades pastorais que impediam o Reverendo Samuel de dar a devida assistência ao lar, Susana assumiu a administração financeira da família e a educação dos filhos e filhas. Disciplinava com rigidez os filhos, mantendo horário para cada atividade e reservando um tempo de encontro com cada filho para conversar, estudar e orar.

INCÊNDIO EM SUA CASA 

Ainda na infância, John Wesley foi o último a ser salvo, de forma miraculosa, em um incêndio que destruiu toda sua casa, onde estivera preso no segundo andar. A partir desse dia, Susana, sua mãe, dedicou-lhe atenção especial, pois entendeu que Deus havia poupado sua vida para algo muito especial.

Aos cinco anos de idade, Susana Wesley começou a alfabetizar o John, usando o livro do Salmos como apostila.

John estudou com sua mãe até os 11 anos. Entrou, então, para uma escola pública, onde ficou como aluno interno por seis anos. Aos 17 anos, foi para a  Universidade de Oxford.

 

 

Estudos

Jonh Wesley iniciou seus estudos em Oxford onde começa a se reunir com um grupo de estudantes para meditação bíblica e oração, sendo conhecidos pelos colegas universitários de "Clube Santo", ele não inventou o nome: alunos, notando que os membros do grupo tinham horário e método para tudo que faziam, os taxaram como 'metodistas'. Wesley preferia chamá-los simplesmente de 'Metodistas de Oxford'..

Neste grupo Wesley e seu irmão Carlos iniciaram a visitar e evangelizar os presídios. Wesley passou então a se interessar mais pela questão social de seu país e a miséria que a Inglaterra vivia na época.

Assim, gradua-se em Teologia, e pode ajudar a seu pai na direção da Igreja Anglicana.

Isto até os 32 anos, quando atendeu a um apelo: precisava-se de missionários na Virgínia, Nova Inglaterra.

 

 

Missão na Virgínia

Um dos episódios que marcou o início do metodismo foi a viagem missionária de Jonh Wesley aos EUA - Virgínia para "evangelizar os índios" sendo praticamente fracassado. Em sua viagem de retorno Jonh Wesley expressa sua frustração "fui à América evangelizar os índios, mas quem me converterá?". Durante uma tempestade na travessia do Oceano Atlântico, Wesley ficou profundamente impressionado com um grupo de morávios (grupo de cristãos pietistas que buscavam a conversão pessoal mediante o Espírito Santo) a bordo do navio. A fé que tinham diante do risco da morte (o medo de morrer acompanhava Wesley constantemente durante a sua juventude) predispôs Wesley à fé evangélica dos morávios. Retornou à Inglaterra em 1738.

 

Conversão

Após 2 anos, John Wesley volta desiludido com o trabalho realizado na Virgínia. Encontra-se, então, com Pedro Böhler, em Londres, Böhler era pastor moraviano (da Morávia, Alemanha) e com ele John Wesley se convence de que a fé é uma experiência total da vida humana. Procurou, então, libertar-se da religião formalista e fria para viver, na prática, os ensinos de Jesus.

No dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião, ouvindo a leitura de um antigo comentário escrito por MARTINHO LUTERO, pai da Reforma Protestante, sobre a carta aos Romanos, John sente seu coração se aquecer (entende-se que Wesley experimentava o "batismo no Espírito Santo"). Experimenta grande confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdoado seus pecados.

 

 A Experiência do Coração Aquecido

No dia 24 de maio de 1738, na rua Aldersgate, em Londres, Wesley passou por uma experiência espiritual extraordinária, que é assim narrada em seu diário:

"Cerca das nove menos um quarto, enquanto ouvia a descrição na Epístola aos Romanos, que Lutero fazia sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração".

Nos 50 anos seguintes, Wesley pregou em média de três sermões por dia; a maior parte ao ar livre. Houve uma vez que pregou a cerca de 14.000 pessoas. Milhares saíram da miséria e imoralidade e cantaram a nova fé nas palavras dos hinos de Carlos Wesley, irmão de John. Os dois irmãos deram à religião um novo espírito de alegria e piedade.

 

Foi dos Morávios que o Metodismo aprendeu a doutrina da conversão instantânea ou justificação pela fé.  A princípio Carlos Wesley, seu dileto irmão e imediato auxiliar no Reavivamento do Século XVII na Inglaterra, se opôs terminantemente àquilo que chamou de "nova doutrina", porém logo se convenceu do erro, através da simples fé depositada no Senhor Jesus, ele encontrou a alegria que nunca dantes conhecera.

John Wesley, ao saber que Carlos havia obtido alegria e paz por simplesmente CRER E ACEITAR, sentiu que aprofundava grandemente o seu desejo de possuir uma salvação segura e real. E após uma luta de dez anos, achou a paz e o descanso em Cristo. A luz a rair sobre ele, a 24 de maio de 1738. Pela manhã, naquele dia, seus olhos cairam sobre a passagem em II Pe.1:4 e então sobre as palavras: "Nao estais longe do Reino de Deus". Durante todo o dia estava, como que, no limiar dessa inigualável bênção.

 No mesmo ano que havia obtido essa bênção, - a salvação, - visitava a Colônia dos Morávios em Herrnhut, propriedade do Conde Zinzendorf, na Alemanha. Essa visita, o fortificou intensamente na fé e ele retornou à Inglaterra para pregar de novo com mais zelo, a doutrina da conversão instantânea ou justificação pela fé em Jesus Cristo. E muitos e muitos se convertiam onde quer que ele pregasse.  

 

John tinha um desejo intenso de uma experiência mais profunda. "Eu esperava", diz ele, "que Deus haveria de cumprir, dentro da minha alma, todas as suas promessas!". Tais anelos foram satisfeitos, não há nenhuma dúvida, na memorável Festa de Amor, em Londres, quando ele, Whiterfield e outros eminentes metodistas estavam juntos numa reunião. Assim descreve a sua experiência gloriosa:" Certa noite, em 1739, eu, meu irmão Carlos e os irmãos Whiterfield, Hall, Kinchin, Ingham, além de cerca de sessenta outros, permanecemos em oração a noite inteira. Lá pela alta madrugada, mais ou menos às três horas, enquanto intensamente buscávamos o Senhor. O PODER DO ESPÍRITO SANTO CAIU SOBRE TODOS NÓS e fomos de tal maneira cheios, que muitos gritaram de prazer celestial e outros cairam ao chão. Logo que nos recuperamos do inesperado daquela gloriosa Visitação, começamos a cantar louvores:

"LOUVAMOS-TE, Ó SENHOR,

PORQUE SABEMOS QUE TU ÉS O SENHOR!"

 

Depois dessa experiência, a unção do Santo Espírito, Wesley trabalhou com redobrado vigor e, pelas cenas descritas, depois dessa ocorrência, o seu serviço para Deus e sua bendita causa, centuplicou de rendimento, de força física, de inspiração, de amor e de bênçãos incalculáveis.

 Doutrina

  • Wesley ensinava que a conversão a JESUS é comprovada pela prática (testemunho), e não pelas emoções do momento.
  • Valorização dos pregadores leigos que participavam lado a lado com os clérigos da Missão de evangelização, assistência e capacitação de outras pessoas.
  • Afirma que o centro da vida cristã está na relação pessoal com Jesus Cristo. É JESUS quem nos salva, nos perdoa, nos transforma e nos oferece a vida abundante de comunhão com Deus.
  • Valoriza e recupera em sua prática a ênfase na ação e na doutrina do Espírito Santo como poder vital para a Igreja.
  • Reconhece a necessidade de se viver o Evangelho comunitariamente. John Wesley afirmou que "tornar o Evangelho em religião solitária é, na verdade, destruí-lo".
  • Preocupa-se com o ser humano total. Não é só com o bem-estar espiritual, mas também com o bem-estar físico, emocional, material. Por isso devemos cuidar do nosso próximo integralmente, principalmente dos necessitados e marginalizados sociais.
  • Podemos afirmar que o bem-estar espiritual é o resultado da paz de Cristo que alcança todas as áreas da vida do cristão. É o resultado do bem-estar físico, emocional, econômico, familiar, comunitário. Tudo está nas mãos de Deus, nEle confiamos e Ele é fiel em cuidar de nós. Sua salvação alcança-nos integralmente.
  • Enfatiza a paixão pela evangelização. Desejamos e devemos trabalhar com paixão, perseverança e alegria para que o amor e a misericórdia de Deus alcancem homens e mulheres em todos os lugares e épocas.
  • Aceita as doutrinas fundamentais da fé cristã, conforme enunciadas no Credo Apostólico (Cremos na Bíblia, em Deus, em Jesus Cristo, no Espírito Santo, no ser humano, no perdão dos pecados, na vitória por meio da vida disciplinada, na centralização do amor, na segurança e na perfeição cristã, na Igreja, no Reino de Deus, na vida eterna, na segunda vinda de Jesus, na graça de Deus para todos, na possibilidade da queda da graça divina, na oração intercessória, nas missões mundiais. Cremos profundamente no AMOR. Amor de Deus em nossa vida, amor dos irmãos.) , enfatizando o equilíbrio entre os atos de piedade (atos devocionais) e os atos de misericórdia (a prática de amor ao próximo).
 

Fonte: Vidas Poderosas - Enéas Tognini 

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sinto-me: Feliz e em paz
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11 de Janeiro de 2009

 

 

Theodore Beza de Bèze ou Vezelay, (1519 - 1605) foi um teólogo francês sucessor em Genebra, de John Calvin como cabeça do movimento protestante, naquela cidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nascido em Vezelay na Borgonha, de uma família da pequena nobreza, a sua educação formal é possibilitada pelo seu tio Nicholas, um conselheiro do Parlamento, em Paris. Em 1534 ele foi para Orleans para estudar Direito, onde se graduou em 1538. Em seguida, viaja para Paris, para exercer a advocacia e para seguir a sua paixão pela literatura clássica. Em 1548 publicou uma coleção de poemas intitulada Poemata Juvenillia reflectindo o seu interesse no classicismo e nell'umanesimo. Mais tarde, será um re-purga. Enquanto em Paris está resistindo a pressões de sua família para se tornar um padre, mas o seu envolvimento com Desnoz Claude, que tinha casado secretamente, complica a situação.

Após uma grave doença em 1548 - uma crise tanto física e espiritual -, ele abandonou o catolicismo e tornou-se um protestante. Foi para Genebra e ali publicamente assumiu o seu casamento com sua esposa Claude. Em Lausanne, ele está pagou uma visita a Pierre Viret, que dá o ensino da língua grega na academia. Beza ensina e escreve extensivamente nos anos seguintes. Toma uma posição com John Calvin contra Bolsec sobre a doutrina da predestinação, e em defesa de Calvin após a morte de Michel Servet Haereticis em um civil Magistratus Puniendus(Aproximadamente hereges que deve ser punido pelo magistrado, 1554). Em 1556 publica em latim, o Novo Testamento grego. Demonstra, por toda sua vida, seu interesse pelos problemas dos textos bíblicos.

Em 1557, ele visita com Farel, Valdesi e outros, grupos protestantes, esperando  ajudá-los a viver em segurança, intervindo com o rei da França através dos princípios alemães.

A convite de Calvin, Beza foi para Genebra em 1558 para ocupar a cadeira de professor de grego. Em 1559 foi nomeado Reitor e ensinou teologia na Academia de Genebra. Calvin  tinha sugerido a Beza, anteriormente, que ele poderia completar a tradução de Marot dos Salmos, em francês, e em 1561, após cerca de uma centena de Salmos traduzido, é publicado. Nesse mesmo ano, Beza representa o movimento francês protestante no Colóquio de Poissy e posteriormente apoia e aconselha os Huguenots durante as Guerras da Religião na França.

 

Voltou em Genebra em 1563 e com a morte de Calvin (1564), Beza em Genebra, tem todas as suas responsabilidades. Beza exerce a função de professor, moderador da Bolsa de Valores, exerce uma forte influência sobre o sistema judicial , porta-voz de Genebra e defensor da oposição Reformada Protestante.

Ao longo de sua vida, Beza cultiva muitos interesses. Em 1565 publicou um Novo Testamento grego, que acrescenta a tradução Vulgata  adequada ao francês. Este interesse no texto original da Bíblia é promovida pela tomada. Beza escreve o Código de Beza e o Código Claromontano. Ele continua a defender a oposição reformada, como evidenciado pela sua forte polêmica contra Ochino, Sebastian Castelli, Morel, Ramus ezwingliani, Armínio e outros.

Beza continua suas atividades no movimento huguenote como conselheiro, em 1571 e preside o Sínodo Nacional de Rochelle.

Após o Massacre de São Bartolomeu, em 1572, de jure magistratu público que apoia o direito da magistratura do que a insurreição contra o governo. Em 1580 publicou uma história do movimento de reforma em França, em 1582  republicou um trabalho de crítica textual da Bíblia com a sua segunda edição do Novo Testamento grego.

Sua crítica bíblica influencia a publicação da autorização em Inglês, versão do rei James Bible em 1611. Suas obras aparecem em francês, latim e Inglês, com uma grande influência sobre o processo de reforma durante a segunda metade do século XVI.

Sua forte defesa da doutrina da dupla predestinação, a disciplina da Igreja letteralismo bíblicas e outras idéias calvinista, ajuda a endurecer o movimento e dar início ao período de escolasticado reformada.

[Editar] Principais Obras

  • ? : Varia Poemata, ler poemas inspirados por Ovid e Catullus escrito em sua juventude e que ele próprio mais tarde desacreditado.

  • 1550: Abraham sacrifiant, drama bíblico do tema.

  • 1574: Du droit des Magistrats sur leurs assuntos, escrita para justificar o direito da Huguenots para resistir à tirania.

  • 1580: Histoire des ecclésiastique Églises Réformées de França, onde expõe o conceito bíblico de direito.

  • 1581: Chrestiennes Meditações, Meditações sobre os Salmos escrito sobre penitencial parafraseal.

 Fonte: Wikipédia, enciclopédia livre

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sinto-me: abatida, mas não destruida
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