O JÚBILO DE QUEM AMA
28 de Novembro de 2008

 

Na História da música, o termo Música antiga designa a música desenvolvida na Idade Antiga, no seio das primeiras civilizações a utilizarem a escrita, estabelecidas em várias partes do mundo. A música desta época estabeleceu as bases para todo o desenvolvimento musical posterior.

 

As primeiras civilizações musicais se estabeleceram principalmente nas regiões férteis ao longo das margens de rios na Ásia central, como as aldeias no vale do Jordão, na Mesopotâmia, Índia (vale do Indo atualmente no paquistão), Egito (Nilo) e China (Huang He). A iconografia dessas regiões é rica em representações de instrumentos musicais e de práticas relacionadas à música. Os primeiros textos destes grupos apresentam a música como atividade ligada à magia, à saúde, à metafísica e até à política destas civilizações, tendo papel freqüente em rituais religiosos, festas e guerras. As cosmogonias de várias destas civilizações possuem eventos musicais relacionados à criação do mundo e suas mitologias freqüentemente apresentam divindades ligadas à música.

A música da antiguidade clássica, sobretudo a música grega estabeleceu as bases para todo o sistema de modos e escalas utilizado na música ocidental.

 Mesopotâmia

 Sumérios

Dentre os povos da Mesopotâmia, os Sumérios foram os que mais se destacaram culturalmente. De origens incertas, este povo estabeleceu uma civilização há cerca de 6 mil anos. A rica cultura de Sumer floresceu e influenciou, por mais de 3 mil anos, todos os povos da Ásia Central, como os assírios, cananeus, egípcios, fenícios, babilônios e hebreus. A música exercia papel importante nos ritos solenes ou familiares. Não foram encontrados registros de um sistema de notação musical, mas alguns documentos cuneiformes datados dos séculos XVIII a.C. a XV a.C. atestam a existência de uma elaborada teoria musical. Trabalhos de tradução publicados pelo padre Gurney e Marcele Duchesne-Guillemin entre 1963 e 1969 revelam que estas tábuas tratavam de um sistema de afinação para uma Lira de 9 cordas e, por extensão, permitem estabelecer que os sumérios possuiam, além das escalas pentatônicas mais usuais, uma escala diatônica de sete sons.

 

Foram encontrados também, vestigios de diversos instrumentos avançados para a época. Uma harpa de cordas percutidas, ancestral do Piano, flautas de cana e de prata, liras de cinco a onze cordas, uma espécie de alaúde de braço longo e uma harpa com coluna de apoio (por volta do Século XXV a.C.).

 Assírios

Os assírios deixaram vasta documentação de sua cultura musical na forma de pinturas, esculturas, baixos-relevos e textos literários. Os músicos tinham papel proeminente na sociedade e são mais reverenciados que os sábios. A música, para este povo, era associada ao poder e os músicos dos povos conquistados sempre eram poupados e levados até as cidades assírias para que sua arte pudesse ser absorvida. Este é o primeiro povo que se tem notícia a formar grandes orquestras que podiam chegar a 150 componentes entre cantores e instrumentistas.

 Egito

 
Mulheres tocando flauta, alaúde e harpa.
Afresco encontrado em Tebas, Egito. c. 1422 a 1411 a.C.

 

Estudiosos acreditam que a música no Antigo Egito tenha origens tão remotas como a da Mesopotâmia. Graças a afrescos em templos e túmulos, é possível reconstruir com relativa precisão o desenvolvimento dos instrumentos musicais e o uso da música na civilização egípcia. Entre o Sexto e o Quarto milênio a.C., após o estabelecimento das primeiras cidades, a dança era a principal manifestação musical e os instrumentos provavelmente vieram do sul da África e da Suméria.

 

Na época do Império Antigo, entre a III e X Dinastias, c. 2635 a 2060 a.C., a música egípcia viveu seu auge. Muitas representações mostram pequenos conjuntos musicais, (com cantores, harpas e flautas) e inscrições coreográficas descrevem danças realizadas para o Faraó. Acredita-se que este tenha sido o período de maior florescimento da arte musical egípcia .

 

No Império Médio (XI a XVII dinastia) conjuntos maiores e até orquestras são representados. Entre os instrumentos , há harpas, alaúdes, liras, flautas, flautas de palheta dupla (oboés), trombetas, tambores e crótalos. No Império Novo (XVIII a XX dinastia), estes instrumentos se aperfeiçoam. A música passa a ter papel ritual e militar.

 

Alguns destes instrumentos foram encontrados em escavações de pirâmides, templos e túmulos subterrâneos do Vale dos Reis, mas infelizmente, nenhum deles de afinação fixa. Isso impossibilita definir que tipos de escalas musicais eram utilizadas. Não foi encontrado nenhum texto que permita deduzir a existência de um sistema de notação e também não há textos sobre teoria musical. Aparentemente isso se deve ao fato de que os músicos não gozavam, entre os egípcios, do mesmo status que tinham entre os sumérios. Muitos afrescos mostram músicos sempre ajoelhados e vestidos como escravos. A posição subalterna não permitia a transmissão dessa arte pouco valorizada através dos textos.

 

A cultura musical do Egito Antigo entrou em decadência junto ao próprio Império. Com as sucessivas invasões, a música do egito passou a ser influenciada pelos gregos e romanos, perdendo totalmente sua independência. Músicos gregos são contratados para integrar a corte e trazem consigo alguns de seus instrumentos. Até uma espécie de órgão hidráulico foi encontrado. Alguns musicólogos acreditam que os últimos vestígios da música faraônica ainda possam ser identificados na liturgia copta.

 

As imagens esculpidas nas gigantescas pirâmides revelam-nos que os egípcios possuíram numerosas espécies de instrumentos musicais: harpas, alaúdes, flautas simples, duplas, retas e transversair, trompas e instrumentos de percussão, compreendendo vários tipos de tambores e campainhas entre as quais o "sistro".

 

Na decoração dos vasos gregos da antiguidade, um tema frequente era as musas tocando cítara e lira

Fonte: Wikipédia

Fonte: Wikipédia

publicado por cleudf às 00:19 link do post
sinto-me: Aliviada
música: ALLELUYAH- HENDEL
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