...Continuação.
Anos depois, a Universidade de Yale se cobriu de labéus dos quais jamais se libertará, porque David Brainerd, "o santificado", fez uma obra de tal alcance, que o mundo inteiro o conheceu como o maior intercessor, o mais dedicado à oraç´~ao e o mais pronto a obedecer às ordens divinais. Lê-se no seu diário:
"Segunda-feira, 19 de abril de 1742. Separei este dia para jejum e oração, pedindo a Deus que me prepare para o ministério da palavra e me dê seu auxílio e direção, enviando-me, quando lhe aprouver, para a sua seara."
"Terça-feira, 20 de abril: Hoje completo vinte e quatro anos. Oh! Quantas provas da misericórdia divina recebi no ano que se foi! O Senhor me ajudará a viver mais para a Sua glória nos dias futuros."
"Quinta-feira, 29 de julho: Fui examinado na Reunião de Danbury sobre meus conhecimentos e experiências religiosas, e fui licenciado para pregar o Evangelho."
"Seguem-se outras notas sobre períodos de oração, meditação e jejum, intercalados de períodos de louvor e adoração.
"Quarta-feira, 14 de setembro de 1743: Neste dia devia eu receber meu diploma (pois é o dia de colação de grau), mas Deus achou por bem negar-me isso. E, muito embora temesse me sentir frustrado ao ver meus colegas receberem seus diplomas, Deus me concedeu a calma e resignação: 'FAÇA-SE A TUA VONTADE'. Fiquei absolutamente tranquilo."
Era ele o primeiro aluno da sua turma. David Brainerd compreendeu, em boa hora, que os aflitos não tem outtro caminho a tomar senão o de buscar a Deus em todas as suas tristezas e tribulações, pois o Senhor é uma fortaleza para todos os que O amam.
Toda a sua vida foi gasta, daí por diante, entre os índios de sua terra. Visitava-os, assistia-os, pregava-lhes o Evangelho, mas sobretudo, ORAVA INCESSANTEMENTE por eles. Certa vez o seu intérprete mal se continha de pé, devido ao estado de embriaguez em que se achava, mas mesmo assim, vários índios se dedicaram ao lado de Cristo!
"Quita-feira, 27 de junho: Sinto que a minha alma se rejubila por ver que a Deus agradou despertar, por meu intermédio, esses pobres índios. Oh! Quanto bem faz ao meu coração e quanto me refresca a alma, ver o fruto dos meus esforços!"
A tuberculose começa a afligí-lo e a 28 de março do ano seguinte embarcou rumo a Northompton, onde se encontrou com a sua noiva Jerusa, filha dileta do avivalista Jônathas Edwards. ela escreveu ao pai dando notícias do seu estado gravíssimo. Todavia, a crise passou. Na sexta-feira, 2 de outubro, ditas essas palavras: " MINHA ALMA, NESTE DIA, ESTEVE FIXADA EM DEUS, CONSTANTE E DOCEMENTE. QUIS MUITO ESTAR COM ELE PARA CONTEMPLAR-LHE A INFINITA GLÓRIA. SENTI-ME DISPOSTO A CONFIAR-LHE TUDO: MEUS AMIGOS, MEUS QUERIDOS, MEU REBANHO MUITO AMADO, MEU IRMÃO AUSENTE, ENFIM, TODOS OS INTERESSES TEMPORAIS E ETERNOS!"
David expirou a 9 de outubro de 1747, contando 29 anos. Jerusa, que o assistia, como a sua fiel enfermeira, faleceu a 14 de fevereiro do ano seguinte, após uma rápida enfermidade de cinco dias, com a idade de 18 anos. Ela possuía o mesmo espírito de abnegação que o seu noivo. Os dois túmulos ficaram juntos. Mais tarde, o de seu pai Jônathas Edwards também. Poucos dias antes de falecer, disse ao seu irmão: "Oh! Meu irmão, persiga sempre a plenitude do Espírito Santo! Avance, com os olhos fitos nessa bendita direção! E deixa que a sua alma sedenta exclame continuadamente: JAMAIS ESTAREI SATISFEITO, ENQUANTO NÃO ACORDAR NA TUA SEMELHANÇA!"
Algumas horas antes do fim, disse diante de todos que o rodeavam: "MORRER É BEM DIFERENTE DO QUE A GENTE IMAGINA..."
Explicava que todos aqueles que confiam no SENHOR, não tem consciência de dores físicas ou angústias em face da morte.
sinto-me: Tranquila
música: Clássica